A palestra sobre Política Nacional de Humanização (PNH), que seria ministrada no Hospital Público Municipal Doutor Fernando Pereira da Silva (HPM), em Macaé, nesta quinta-feira (2), foi transferida para o próximo dia 9, às 10h. O evento, com outras discussões, também vai acontecer no dia 16 e tem como lema “Humaniza HPM”, dentro da PNH instituída pelo Ministério da Saúde que lançou uma cartilha sobre o assunto para todos os hospitais e unidades de saúde do país credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a PNH, os governos federal, estadual e municipal pretendem reduzir as filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco; todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. Além disso, as unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do código dos usuários do SUS; as unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores.
O assunto foi dividido em duas palestras. No dia 9, os profissionais vão discutir a PNH no Brasil e no HPM: situação atual e exemplos; o que se espera com essa política; adaptação para nossa realidade e dispositivos de introdução para a implantação no HPM. No dia 16 de dezembro serão discutidos os limites, possibilidades, reflexões sobre Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) e Grupo de Trabalho de Humanização (GTH).
As palestras vão ser realizadas no auditório do Centro de Estudos do HPM, às 10h. Os interessados devem confirmar presença pelo e-mail: dec@fmhmmacae.rj.gov.br e levar pen drive para copiar o material de estudo que será disponibilizado em forma de texto. A iniciativa é do Departamento de Educação Continuada do hospital e será realizada, gratuitamente, pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e da Fundação Municipal Hospitalar de Macaé (FMHM).
De acordo com a cartilha do Ministério da Saúde, a humanização visa traduzir os princípios do SUS em modos de operar os diferentes equipamentos e sujeitos da rede de saúde; construir trocas solidárias e comprometidas com a dupla tarefa de produção de saúde e de sujeitos; oferecer um eixo articulador das práticas em saúde, destacando o aspecto subjetivo nelas presente; e contagiar por atitudes e ações humanizadoras a rede do SUS, incluindo gestores, trabalhadores da saúde e usuários.
A cartilha explica a humanização como valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos; aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão; e identificação das necessidades sociais de saúde.
O documento fala também sobre mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho, tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde; compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e de atendimento.
Para isso, a Humanização do SUS se operacionaliza com a troca e a construção de saberes; o trabalho em rede com equipes multiprofissionais; a identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes sujeitos do campo da saúde; o pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre as instâncias de efetivação das políticas públicas de saúde (da gestão e da atenção), assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede; entre outras questões para o resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS.