O Polo de Cultura da Fronteira sediou, na manhã desta quarta-feira (18), a 10ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Mundo, com o filme brasileiro "Do Meu Lado", do cineasta Tarcísio Puiati. A mostra, de classificação livre, teve como temática a diversidade religiosa e como público a comunidade do bairro Fronteira, formada pelos pais, professores e alunos do Polo, mantido pela Fundação Macaé de Cultura (FMC).
A 10ª Mostra Cinema, em parceria com o governo federal, é executada, em Macaé, por iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos em várias instituições. Nesta edição, o evento contou com a parceria da Vice-Presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial.
A representante da Secretaria de Desenvolvimento Social, coordenadora de políticas de gênero e acesso da Subsecretaria de Direitos Humanos, Lúcia Vaccari, disse que a meta da mostra é propor numa linguagem do cinema (mídia) o debate às questões norteadoras das políticas públicas sociais aos diversos segmentos da sociedade.
- Os documentários buscam conscientizar sobre realidades vivenciadas por pessoas que vivem à margem da sociedade, difundindo o conhecimento sobre sua cultura e valorizando o respeito a eles como cidadãos, além de procurar construir atitudes e valores em prol de um novo olhar a essas pessoas, tratando como males para a sociedade a situação de conflito e de violações dos direitos humanos - acentuou.
O filme "Do meu lado", que teve como temática a diversidade religiosa, visou contribuir para que a comunidade pudesse manter um diálogo, refletindo sobre esse fenômeno sobre a nossa condição existencial, o que não passa, necessariamente, pela prática de uma crença em particular.
- A diversidade religiosa deve ser encarada para além dos olhos da lei e da Constituição Federal. Trata-se de questão de respeito aos cultos e manifestações religiosas, a partir do conhecimento e desprendimento de preconceitos. É sabido que as religiões de matriz africana são as mais afetadas pelas manifestações de intolerância religiosa e racismo, visto por séculos terem sido perseguidas. É o nosso papel enquanto promotores de igualdade racial trazer à luz reflexões acerca deste fenômeno - acrescentou a vice-presidente da Vice-Presidência de Promoção e Preservação da Identidade Cultural e Racial, Zoraia Dias.
Polo de Cultura da Fronteira - O Pólo faz parte da descentralização da política pública de cultura como um desafio diário da atual administração. Tem capacidade para atender cerca de 600 pessoas, mantendo cursos de jazz, ballet clássico, dança de rua (hip hop), capoeira, ginástica localizada, percussão, graffiti, corfebol (jogo holandês), lambaeróbica e oficina de arte (técnicas pintura, reciclagem). As atividades beneficiam centenas de crianças e adultos dos bairros da Fronteira, Lagomar, Barra, Ajuda, Nova Holanda, Nova Esperança, Barreto e Parque Aeroporto. O Polo funciona na Rua Manuel Marques Monteiro, 724, no bairro Fronteira.