logo

Pós-modernidade será tema de Laboratório de Subjetividade na Funemac

09/02/2007 14:28:41 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Para fomentar o ensino superior, promovendo debates de níveis mais amplos e instigando as pessoas a terem interesse em refletir a realidade, a Fundação Educacional de Macaé (Funemac) promove o Laboratório de Subjetividade e Desenvolvimento Humano. O evento acontece na próxima terça-feira (13), a partir das 18h, no Auditório da fundação, com entrada gratuita. O tema do acontecimento será “O declínio da função paterna e seus efeitos na pós-modernidade”, cuja palestrante, Lígia Bittencourt, é mestre em psicologia pela PUC-RJ e psicanalista lacaniana.

- Num mundo e numa sociedade onde há tantas mudanças de hábitos e comportamentos, as pessoas perdem um pouco o referencial de vida. Nós vamos promover reflexão sobre conteúdos ocorridos na época em que vivemos: a pós-modernidade – explica o idealizador do projeto Laboratório de Subjetividade, e presidente da Funemac, professor Jorge Aziz.

A psicóloga e psicanalista Andréa Abelson,uma das organizadoras do acontecimento, diz que os assuntos a serem abordados, nesta terça-feira, se referem ao fato de que o pai não é apenas a figura paterna, mas significa também a lei, a autoridade e a ordem social

Segundo ela, tudo será tratado sob a perspectiva de que as determinantes da sociedade mudam rapidamente, deixando as pessoas meio perdidas em termos de referenciais. “A importância dos laboratórios é fornecer subsídios na época em que vivemos, onde há tantas incertezas, mudanças, quebra de paradigmas, ou seja, falta de um novo modelo de vida, de um referencial de vida”, afirma a psicanalista.

Os laboratórios acontecem desde setembro de 2006. De lá para cá, já houve três. Um tratou do tema “Conceito de Subjetividade”, o que isto significa e o que é um laboratório. Esse assunto foi explicitado pela psicanalista e psicóloga Júlia Christina Abreu Pereira. Na segunda edição, ocorrida em outubro, foi a vez do mestre em comunicação Gerson Dudus falar sobre “O amor na contemporaneidade”.

Já o terceiro tema tratado foi “O “Eneagrama”, em novembro, quando o gestor corporativo de Recursos Humanos da Companhia Vale do Rio Doce, Fernando Cyrino, ministrou conhecimentos sobre esta ferramenta jungiana, que promove o auto conhecimento e auxilia no relacionamento inter-pessoal.

Andréa acrescenta ainda que conceito de subjetividade é a representação que a pessoa tem do mundo que a influencia, por fatores filosóficos, históricos, políticos, econômicos, psicológicos, classistas, profissionais, entre outros. “O laboratório busca que a capacidade da pessoa de ver o mundo seja ampliada de forma a que sua visão seja repleta de consciência, a respeito de seus pensamentos, julgamentos e posições”, explica.

O projeto é coordenado pela área de Recursos Humanos da Funemac, cujas integrantes além de Andréa Abelson, são Patrícia Wyatt (coordenadora de RH) e Márcia Vieira Viana (pedagoga, professora e assistente de RH). A idéia é que o evento aconteça sempre nas segundas terças-feiras de cada mês.

O público presente nos laboratórios é constituído por universitários, pós-graduandos, mestrandos e profissionais nas áreas humanas e de saúde. A estimativa é de que 100 pessoas estejam no Auditório, que fica localizado na Rua Teixeira de Gouveia, 634/640, Centro.