Foto: Divulgação
A maria-farinha (Ocypode quadrata) tem coloração branco-amarelada, o que facilita a sua camuflagem no ambiente
‘Restinga boa é restinga nativa’. Esse é o lema do Projeto de Restauração da Restinga da Praia dos Cavaleiros da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade. A iniciativa consiste na remoção das espécies exóticas - aquelas que foram introduzidas em um ambiente onde não são originárias, seja por ação humana ou por outros meios, podendo causar impactos negativos - e plantio das espécies nativas. Além disso, foram instaladas as placas informativas ‘Conhecendo nossa restinga’, que exibe espécies nativas. Os QR Codes impressos nas placas direcionam o público para a página da secretaria no Portal da Prefeitura Macaé, onde constam informações sobre a restinga.
Já foram contempladas com placas: a coruja buraqueira, a ipomea, o guriri e, recentemente, a maria-farinha (Ocypode quadrata). Ela também é conhecida como guaruçá, vaza-maré e caranguejo-fantasma. Esta espécie habita praias arenosas e pode ser encontrada em todo litoral brasileiro. Sua coloração branco-amarelada se assemelha com a areia da praia, o que facilita a sua camuflagem no ambiente.
A Restinga da Praia dos Cavaleiros é uma Área de Preservação Permanente (Lei Federal 12.651/2012). Por isso, a legislação determina ações com o objetivo de garantir a conservação e a recuperação destes ecossistemas, como a manutenção da vegetação nativa. A Coordenadora de Arborização e Paisagismo da secretaria e engenheira ambiental, Fernanda Norbert, explicou a necessidade do projeto.
“A retirada de espécies exóticas da restinga é de extrema importância para a preservação deste ecossistema costeiro. Elas podem competir com as espécies nativas por recursos como água, nutrientes e luz solar. Esta competição pode levar à redução da biodiversidade local, afetando a flora e, consequentemente, a fauna que depende destas plantas. Além disso, algumas espécies exóticas têm um alto potencial de invasão, ou seja, conseguem se proliferar rapidamente e ocupar grandes áreas, suprimindo a vegetação nativa. Isso provoca uma perda significativa da diversidade biológica e dos serviços ecossistêmicos prestados pela restinga como: a proteção contra a erosão costeira, a formação de dunas, a manutenção da qualidade da água e a provisão de habitat para espécies nativas”.