Foto: Ana Chaffin
Alegria marca projeto que tem a dedicação da Defesa Civil
Com a chegada do outono, a segunda edição do projeto Praia Para Todos, promovido pela prefeitura, por meio da Secretaria de Defesa Civil, em parceria com o Centro Independente de Vida (CVI), encerrou suas atividades de 2016, neste domingo (3). Desde janeiro, a ação, que é voltada para cadeirantes e pessoas com limitações físicas, tem como objetivo tornar a praia um lugar inclusivo.
A cada final de semana, as histórias das pessoas que passavam pelo projeto emocionava a equipe. O reencontro com o mar foi um momento inesquecível para muitos que durante anos não frequentaram a praia. Com a oportunidade, o Praia para Todos resgatou a vontade de convívio social e contato com a natureza. Para se despedir desta temporada, os participantes e familiares organizaram uma confraternização com um café da manhã para recepcionar e agradecer a equipe da Defesa Civil.
A acessibilidade disponibilizada na praia permitiu a integração familiar dos participantes do projeto. Há seis anos sem entrar no mar, o mineiro Jackson Hans dos Santos, 27, se emocionou desde que chegou. Ele, que veio de Coronel Fabriciano, há dois anos, para jogar no time do basquete sobre rodas de Macaé, disse que a emoção de entrar no mar é a mesma de quando está na quadra. "Estou muito feliz, logo que descobri o projeto vim algumas vezes”, disse o ala armador.
Já Fábio Alves não perdeu um domingo de praia e devido ao projeto, ficou amigo dos jogadores de basquete sobre rodas é há dois meses passou a integrar a equipe. Por conta de uma doença neurológica medular, há 21 anos é cadeirante. “Nos tornamos uma família e neste momento quero agradecer a equipe da Defesa Civil e a prefeitura por proporcionar momentos como este, por nos oferecer o direito de tomar banho de mar como todos”, ressaltou.
O secretário de Defesa Civil, Luciano Castilhos, acrescentou que o projeto começou em 2015 e foi abraçado pela equipe e nesta segunda edição vem se aprimorando e atraindo mais pessoas. “A proposta é que através de um gesto de carinho de cada servidor, possa ser um dia diferente. Muitos nem vão entrar no mar, mas estão aqui para fazer novas amizades e se confraternizar”, observou.
Voluntários do projeto de basquete sobre rodas, Márcia Barcelos e o esposo Erodice destacaram o trabalho dos agentes de Defesa Civil. “Este é um trabalho muito especial, de integração e socialização, feito por pessoas especiais”, afirmaram. Márcia já agendou para o dia 23 de abril, um torneio de pesca inclusiva, na Lagoa de Carapebus. Serão distribuídas medalhas para os participantes e os que pescarem o maior peixe.
O coordenador do projeto, Douglas Werner Gripp, lembra que é fornecida cadeira anfíbia para que os portadores de deficiências possam se banhar com segurança e dignidade.
Para permitir o acesso dos cadeirantes foram montadas esteiras na areia que facilitam a chegada da pessoa até o estande da Defesa Civil. Para andar na areia e entrar no mar, é utilizada uma cadeira anfíbio que possui três rodas que flutuam na água. O banho assistido conta com profissionais treinados e os usuários têm que utilizar colete salva-vidas.