Com o objetivo de conscientizar, orientar e tratar os pacientes diabéticos para mudança de hábitos e uma melhor qualidade de vida, o Centro de Referência ao Diabético (CRD) da secretaria de Saúde de Macaé iniciou um trabalho de combate ao sedentarismo com orientação de equipe multiprofissional.
Acompanhados da fisioterapeuta Fabiana Rabelo e da psicóloga Márcia Tavares, os pacientes realizam, três vezes por semana, uma caminhada na praia da Imbetiba, onde fazem exercícios e alongamentos que trabalham a resistência aeróbica e a flexibilidade. “Buscamos estimular estes pacientes para a prática regular de atividades físicas, através da orientação e conscientização de sua importância”, explicam as profissionais.
A gerente do CRD, Beth Gavazzi, lembra que a prática regular de atividade física é um fator importante para o controle e prevenção do diabetes mellitus, além de promover o bem-estar físico, psíquico e social. “O diabético pode praticar atividades físicas sem restrições, dependendo apenas da avaliação médica”, alerta.
A fisioterapeuta Fabiana acrescenta que o exercício físico sensibiliza o tecido periférico muscular e o adiposo, facilitando a ação da insulina, reduzindo a taxa de glicemia.
Comprovando as palavras da fisioterapeuta, a dona de casa Lúcia Maria Cabral afirma que depois que começou a freqüentar o CRD e as caminhadas a sua glicose se mantém controlada. “Antes, tomava o remédio e a minha glicose se mantinha entre 180 e 190, mas hoje não passa de 80. Tenho mais habilidade, bom humor e alegria”, diz.
Já Márcia Tavares enfatiza que o trabalho da Psicologia é buscar a adesão dos pacientes diabéticos, reforçando a importância da sistematização do atendimento. Segundo ela, a melhor maneira do paciente receber a notícia de diabetes e de modo sereno é o profissional ter grande responsabilidade em como vai lidar com essa informação. “Os pacientes que fazem tratamento adequadamente tem ótima qualidade de vida”.
Márcia também orienta aos pacientes diabéticos a procurarem algo para fazer que lhes dê prazer, pois pode ajudar a resolver problemas relacionados ao estresse e ao humor. “O diabetes não é sinônimo de infelicidade, o que se deve buscar desde o primeiro momento em que se recebe o diagnóstico é a mudança de atitude que com a sistematização serão incorporadas mecanicamente que nem é percebida”, completa.
A gerente do CRD lembra ainda que o atendimento psicológico foi introduzido recentemente na instituição, agregando a equipe multidisciplinar já existente. Os atendimentos são semanais e se dividem em: individual a crianças, adolescentes, adultos em geral com diagnóstico de diabetes; em grupo; acolhimento e utilização da rede para encaminhamentos necessários.
Atualmente o CRD possui mais de 1500 cadastrados, sendo que na rede municipal de Saúde existem, aproximadamente, sete mil pacientes diabéticos cadastrados. Beth explica que deste total 3.750 correspondem à população das zonas urbana e rural e os demais são oriundos de outros municípios e da população flutuante.