Em visita nesta segunda-feira (21) ao Terminal de Operações Portuárias da Petrobras, o prefeito de Macaé, Riverton Mussi (PSDB), e quatro secretários constaram que o porto de Imbetiba opera com 100% de sua capacidade. Na avaliação da comitiva, o terminal marítimo vai exigir um substancial esforço da estatal para suportar o crescimento que ele ainda será submetido nos próximos 15 anos.
Diante deste quadro, o prefeito afirmou que Macaé precisa de um porto marítimo alternativo para empresas de apoio offshore, para indústrias que virão se instalar no Pólo Industrial e para novas multinacionais do petróleo que entram no mercado.
- Vamos buscar parcerias para a construção de um porto alternativo e iniciar um estudo de viabilidade técnica e econômica para a implantação desta base de operação offshore alternativa com foco no mercado privado – explicou o prefeito. O Secretário de Indústria, Comércio, Desenvolvimento e Energia, Alexandre Gurgel, ressaltou que a idéia que está sendo trabalhada com o setor empresarial e com o Governo do Estado é a possibilidade de construção de um porto com espaço para apoio offshore, um local para movimentação de cargas em geral com containeres e em anexo ao terminal, um estaleiro de reparo naval de porte médio.
De acordo com o secretário, na visita ao terminal da Petrobras, ficou patente que a empresa vê de forma positiva a análise do município ter um apoio marítimo alternativo. O novo porto poderia inclusive ser utilizado por novas gigantes do petróleo que compraram blocos exploratórios da Bacia de Campos na Sétima Rodada de Negócios da Agência Nacional do Petróleo (ANP): a produtora americana Devon e a petrolífera espanhola Repsol, que em consórcio com a Statoil, arrematou um bloco.
- Dando condições de logística marítima para mais empresas e indústrias fixarem base no município, vamos promover uma maior geração de emprego e renda para os moradores - justificou o prefeito, observando que o novo porto será uma garantia ao Norte Fluminense de novos investimentos. A Petrobras poderá, ou não, se associar.
Após a conclusão do estudo de viabilidade, o município vai buscar os principais investidores do setor de logística do país e de operações portuárias para promover rodadas de negócios e dar andamento ao empreendimento. “A construção de um novo porto faz parte do desenvolvimento de diretrizes para que o setor privado se estabeleça na cidade de maneira ordenada e com crescimento sustentável”, completou Gurgel.
Na Petrobras, a comitiva da prefeitura se encontrou com o gerente setorial de operações portuárias, Fernando Cerveira, com o gerente ativo de produção Norte, José Walmir Dias e com o gerente de comunicação empresarial, Gilberto Puig. Cerveira representou o gerente geral da Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Campos, Carlos Eugenio da Resurreição, que está em viagem de negócios.
EM CAMPO - O gerente de operações portuárias fez uma apresentação à comitiva de todas as ações da Unidade de Serviços de Transporte e Armazenamento da Petrobras (US-TA), que fornece serviço de transporte, porto e armazenamento às unidades de exploração e produção da estatal, reunindo atividades, além de transporte de atendimento às plataformas, transporte de cargas, pessoas e armazenagem.
Em seguida, o prefeito e os secretários visitaram o Terminal de Imbetiba e conheceram o processo de transporte de carga offshore. Participaram também da visita, os secretários Rômulo Campos (Comunicação Social), Cláudio Bogado (Trabalho e Renda), Tadeu Campos (Obras), e os coordenadores Adolpho Moura (Comércio Exterior) e Simone Noronha (Jornalismo).