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Prefeito defende refinaria e participa de leilão da ANP

19/10/2005 19:34:22 - Jornalista: Janira Braga e Simone Noronha

RIO - O prefeito de Macaé, Riverton Mussi (PSDB) participou nesta quarta-feira (19), de reunião na Petrobras sobre a instalação do novo pólo petroquímico da estatal na região Norte Fluminense. A reunião foi convocada pela Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) para apresentar as vantagens da região em relação a Itaguaí, no Sul Fluminense, que também está na disputa pelo empreendimento. O prefeito também participou da sétima rodada de licitação da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

“A nossa região tem as condições ideais para receber o pólo e a refinaria”, disse o prefeito durante o encontro na Petrobras. A reunião aconteceria com o presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli. Segundo a assessoria de imprensa da Petrobras, Gabrielli não pôde comparecer porque ficou retido em reuniões em Brasília. O grupo de prefeitos da Ompetro foi recebido pelo chefe de gabinete da presidência da Petrobras, Armando Trípodi, e pelo gerente de Projetos Petrolíferos da empresa, Victor Pais. Durante a reunião, Riverton lembrou que já existe um estudo da Petrobras apontando Macaé como uma das boas alternativas para a implantação da refinaria.

- Em Macaé, a prefeitura já iniciou estudos para a instalação de um novo porto no município, na região de Cabiúnas, o que seria um atrativo a mais para recebermos a refinaria.A cidade já tem um porto, da Petrobras, que já não está mais comportando a demanda - disse o prefeito.

Também participaram da reunião da Ompetro os prefeitos de Carapebus, Rubem Vicente; de Rio das Ostras, Carlos Augusto Baltazar; de Casimiro de Abreu, Paulo Dames; de Quissamã, Armando Cordeiro; de Campos, Alexandre Mocaiber; e de São João da Barra, Carla Machado. O projeto engloba uma refinaria petroquímica âncora, de quase US$ 3 bilhões, e um pólo petroquímico que, segundo projeções da Petrobras, vai atrair indústrias de transformação com investimentos entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões (R$ 20,7 bilhões). O pólo petroquímico será o quinto do país e o primeiro a usar o petróleo pesado produzido na Bacia de Campos como matéria-prima básica.

ANP – Na sétima rodada da licitação da Agência Nacional de Petróleo (ANP), foram negociados seis blocos exploratórios da Bacia de Campos em águas profundas, somando um volume de negócios de R$ 270 milhões. “Fiquei muito satisfeito ao perceber o interesse de gigantes multinacionais em nossa região. Isso prova que temos potencial para muito tempo ainda”,comentou o prefeito, que acompanhou o leilão com os secretários de Indústria e Comércio, Alexandre Gurgel, e de Comunicação Social, Romulo Campos.

Dos blocos negociados, dois foram comprados pela Petrobras, que comprou ainda mais três em parceria com a multinacional Devon. O outro bloco ficou com o consórcio das empresas Repsol e Statoil. “São investimentos que vão, a médio e longo prazo, representar mais investimentos, e conseqüentemente, mais empregos para Macaé e cidades vizinhas”, comentou Alexandre Gurgel.