Foto: Jaqueline Carvalho
Investimentos nos equipamentos e linha férrea teriam impacto direto no orçamento do município
Com foco em dar uma destinação para o Veículo Leve sobre Trilho (VLT), o prefeito de Macaé, Welberth Rezende, disse que as questões econômicas, prioritariamente, inviabilizaria a operação deste tipo de modal ferroviário na cidade. Em entrevista à TV Record, nesta quinta-feira (3), Welberth destacou que para a operação do VLT, o município ia ter que arcar com 80% da operação, tornando inviável.
Para dar uma destinação para o maquinário, que classificou como um dos problemas encontrados pela sua gestão, o prefeito está realizando tratativas com o governo do Estado do Rio, por meio do presidente da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (CENTRAL), Pedro Castilho. Na próxima semana, será realizada uma visita a Macaé para levantamento técnicos das condições das composições dos VLTs.
“Desde que entramos no governo, uma das questões é dar destinação para o VLT. Por isso, estamos fazendo estudos e a questão econômica apontada até agora é que teríamos que fazer investimentos nos equipamentos, reintegração de posse e outras ações jurídicas, além de uma restauração na maior parte da linha férrea, refletindo até no preço da passagem, que seria alto. Os estudos técnicos de viabilidade são para o município não perder este ativo. Existe a possibilidade de parceria com o governo do Estado do Rio de Janeiro, mas ainda não definimos como será. Semana que vem teremos uma visita da CENTRAL para levantamentos técnicos das condições das composições dos VLTs. Mas, a possibilidade de termos um outro modal ferroviário não acabou”, pontuou Welberth Rezende.
O secretário de Mobilidade Urbana, Jayme Muniz, acompanhou o prefeito na entrevista e lembrou que já foi feito um levantamento de ponta a ponta da linha férrea que corta a cidade, em mais de 25 quilômetros.
“No caso do VLT, o investimento operacional necessário seria feito para uma demanda que não se apresenta. Em 2019, registramos mais de 2 milhões/mês de passageiros e, em 2021, menos de 1,5. Não tem demanda. A prefeitura teria que subsidiar o modal em mais de 80% durante um período indeterminado. Esse equipamento e a linha férrea não são viáveis, mas também não descartamos a questão de um outro modal ferroviário na cidade”, disse Muniz.