Foto: Flávio Sardou
Para Dr. Aluízio, a inclusão orgânica é tão importante quanto a inclusão social.
Na manhã da última quinta-feira (9), aconteceu o I Fórum de Debate “Educação Especial em uma Cultura de Sustentabilidade”, no Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel. Com a presença do Prefeito Dr. Aluízio, o evento foi direcionado aos profissionais da Educação com o objetivo de se discutir os caminhos e as alternativas para a plena inclusão dos alunos com necessidades especiais nas escolas do município.
O fórum iniciou com uma apresentação teatral feita pelos alunos do colégio, com crianças e adolescentes com e sem deficiência, que retratou a mudança nos relacionamentos familiares e no ambiente escolar ao longo dos anos. Assuntos como gravidez na adolescência, falta de diálogo entre pais e filhos e conflitos entre professores e alunos, foram apenas alguns dos temas abordados durante a apresentação, que contou com a presença de uma intérprete de Libras.
Entre os convidados para o debate, além do Prefeito, estiveram presentes a Subsecretária de Acessibilidade e Proteção à Pessoa com Deficiência do município, Maria Luiza Quaresma, o diretor geral do Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, Gilson Vaz Teixeira, a professora especializada em Educação Especial, Greice Gomes, a professora de Educação Especial, Elizabeth Ferreira, e a orientadora pedagógica do colégio, Alda Guanabara.
Para o Prefeito Dr. Aluízio, a inclusão orgânica é tão importante quanto a inclusão social, onde todos os setores da sociedade devem participar de forma efetiva para promover a inserção das pessoas com necessidades especiais de forma natural no convívio com a comunidade.
“Os saberes são diferentes, mas se complementam e a inclusão envolve a todos. Não podemos utilizar o argumento de não estar preparado para se criar uma barreira que, naturalmente nunca deveria existir. A família que recebe um filho com deficiência também não está preparada, mas dá importância para o bem estar dele, sem ter feito nenhum curso e nem utilizado nenhum material especial para conviver com esta criança. Tudo depende da vontade, da preocupação e da vocação de cada um e se, cada setor da sociedade tomasse para si esta responsabilidade, teríamos uma verdadeira inclusão social da pessoa com deficiência em nosso meio”, observou.
O diretor Gilson Teixeira destacou que o fórum é apenas o primeiro passo para formar um ciclo de debates em torno do assunto. “É o nosso primeiro fórum e queremos debater mais sobre as questões dos alunos da Educação Especial. Temos uma sala multifuncional e professores preparados para receber estes alunos, mas queremos também debater como melhorar o relacionamento destes alunos com o restante do colégio”, disse.
A orientadora pedagógica Alda Guanabara ressaltou que a inclusão é um tema há muito tempo já debatido e que o momento atual é de atuação. “Temos que nos perguntar qual o nosso objetivo com o aluno e se estamos atingindo isto. A Educação Especial não pode ficar à margem do setor e da sociedade, por isso temos que enfocar cada vez mais na questão dos relacionamentos”, ressaltou.
Em seguida foram dados alguns testemunhos de educadores que trabalham com a Educação Especial, sobre as surpreendentes evoluções que estes alunos conquistam diariamente, superando as expectativas além da sala de aula, conquistando espaços cada vez maiores no esporte, na música e na dança, entre outras atividades.
“Nossa proposta inicial é que se construa esta parceria intersetorial diariamente, para que quem tem necessidades especiais possa ocupar o seu espaço na sociedade, que é um espaço legítimo deles. Proteger é incluir e não esconder a pessoa com deficiência. É preciso tirá-las de dentro de suas casas e de clínicas e levá-las para o meio da sociedade. E a escola é um espaço fundamental nessa socialização, pois é nela onde tudo acontece e que influencia na formação do ser humano. Mas já demos o primeiro passo e vamos continuar discutindo e ampliando os debates e os trabalhos que precisam ser realizados na área da Educação Especial”, afirmou a Subsecretária de Acessibilidade e Proteção à Pessoa com Deficiência, Maria Luiza Quaresma.
Com relação à Educação Especial no município, Dr. Aluízio ressalta que além da necessidade de espaços que proporcionem o atendimento cada vez melhor e maior para a criança e o adolescente, assim como de materiais específicos, de acordo com a necessidade de cada um, a aprendizagem deve ir além da teoria pedagógica.
“Não temos o direito de privar ninguém do conhecimento, todos somos hoje o resultado daquilo que aprendemos na escola e ao longo da vida e o governo tem total interesse em investir e incentivar as escolas para a Educação Especial. O desafio maior é vencer o preconceito e aprender a respeitar, a se solidarizar e a conviver com o que nos parece ser diferente, mas não é, pois muitas vezes aprendemos muito mais com eles do que eles com a gente. O desafio é entender qual a função de cada um de nós nesse trabalho e oferecer oportunidades para que todos possam ocupar seu lugar na sociedade”, finalizou o prefeito.