O aterro sanitário da cidade, localizado nas proximidades do pólo de Cabiúnas, no Lagomar, tem cerca de 15 anos de uso e já excedeu sua cota limite de resíduos, sendo que sua vida útil vai ao máximo até o primeiro trimestre de 2008. O prefeito está muito preocupado com a situação e vem buscando uma nova alternativa que atenda a todos os requisitos da legislação ambiental e acolha todas as necessidades do município em relação a seu lixo.
- Estamos trabalhando junto com o secretario de meio ambiente para que nosso aterro se torne um eco-pólo produtor de energia e que ele esteja vinculado a uma gestão integrada de resíduos da cidade. Isso quer dizer planejar desde a coleta até as indústrias de transformação, sabendo como reciclar as latinhas e as garrafas PET, por exemplo, diz o prefeito.
O secretário executivo de Meio Ambiente, Henrique Emery, defende a idéia de que este novo aterro seja um centro produtor de energia e não apenas um depósito de lixo. É que as antigas concepções sobre resíduos encaravam o aterro como simples lugar de despejo de lixo, de preferência bem longe da cidade. Hoje, sabe-se que é possível reaproveitar e reciclar grande parte daquilo que é descartado, tornando até o lixo produtivo e gerador de renda.
Emery explica que o chorume – aquele líquido escuro e mal-cheiroso produzido pelo lixo – deverá ser tratado e reaproveitado como água bruta no próprio aterro. A matéria orgânica deverá ser trabalhada com biodigestores para produção de gás, que vai gerar energia para as necessidades do aterro. “E, com esta nova concepção de gestão de aterro, podemos gerar créditos de carbono para o município”, completa.
A obra do novo aterro sanitário está prevista para o início de 2008. A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) já emitiu a licença ambiental que permite o início da construção da Central de Tratamentos de Resíduos do município, que engloba a implantação de um aterro sanitário. A estrutura ficará em uma área de dez alqueires, às margens da BR-101, após o Trevo dos 40, em direção ao Rio. Cerca de duzentas toneladas de resíduos sólidos por dia são produzidas em Macaé. Com a construção do novo aterro sanitário, esse montante será enviado para a Central de Tratamentos de Resíduos.