O prefeito Riverton Mussi participou na sexta-feira (07), em Córrego do Ouro, do primeiro encontro entre as lideranças da região serrana e a comissão da prefeitura, responsável pela formatação da Escola Técnica Rural. A reunião aconteceu na antiga fábrica de doces de banana.
Na ocasião, Riverton explicou por que Córrego do Ouro foi escolhido para sediar a escola, garantiu a participação efetiva das lideranças locais na criação da escola, anunciou a possibilidade da implantação de uma escola do trabalhador na serra, da instalação de pequenas empresas no Trapiche e em Glicério, da construção de casas populares, da reativação da cooperativa de produtores de doces de banana, e divulgou projetos em favor do progresso sócio-ambiental e do turismo rural.
Por ser o distrito mais populoso da serra, Córrego do Ouro foi escolhido para sediar a escola. "Quando foi colocada à venda, uma área de 190 mil metros quadrados, constatou-se que o local atendia aos requisitos para a implantação de uma escola técnica rural. A prefeitura comprou a área para construir também um posto de saúde, uma pista e arena para práticas eqüestres. Tem ainda o projeto de construção de um parque das águas no local, para recreação da população serrana”, esclareceu Riverton.
O chefe do Executivo macaense anunciou também a instalação do Macaé Facilita, no distrito, da Escola de Informática, além da possível instalação da Caixa Econômica e de um posto do Detran. Segundo Riverton, encntra-se em estudos junto às empresas a colocação de mais ônibus para atender o distrito.
Na oportunidade, o prefeito garantiu às lideranças que não haverá imposição de qualquer idéia relativa à criação da escola. "As comunidades da serra serão ouvidas e terão participação nos objetivos da escola. Vamos estimular a volta da cooperativa dos produtores de doces de banana. O produto vai constar da merenda escolar. A Escola Técnica Rural será o braço forte da cooperativa".
De acordo com Riverton, a região serrana deverá contar ainda com a escola do trabalhador (braço da escola do Lagomar), para qualificar a mão-de-obra local com cursos profissionalizantes. Ele informou que a prefeitura comprou uma área de 200 mil metros quadrados no Trapiche, destinada à instalação de pequenas empresas prestadoras de serviço à Petrobras e fornecedoras. "Pequenas fábricas já estão interessadas em ocupar o espaço, inclusive uma empresa de torrefação e empacotamento de café e uma lavanderia, além de uma empresa de construção de pré-moldados”, disse, acrescentando que em Glicério será instalada uma fábrica de tijolos ecológicos.
Na ocasião, o superintendente de Planejamento do governo do Estado do Rio, Waldir Peres, com base nas experiências em outros países e em alguns locais do Brasil, falou que as escolas técnicas rurais ajudam na preservação do meio ambiente, associado ao fluxo turístico e na venda dos produtos locais. “As pousadas e pequenos hotéis têm de contratar profissionais que saibam cozinhar e atuar em todas as atividades do turismo rural, para agradar ao visitante, que deseja conhecer o local, através dos produtos da região, além da sua arquitetura e patrimônio histórico”.
O presidente do Conselho Estadual de Educação, órgão que avalia a documentação para o funcionamento da escola, Roberto Boclin, disse que o desenvolvimento local é obtido pelo envolvimento harmônico do governo, das comunidades e dos responsáveis pela educação. O ensino técnico profissional é a grande estratégia para o progresso de um país. Hoje, a produção agrícola é a mola do progresso de um país. O turismo rural pode levar Macaé a ter uma economia forte, devido ao grande potencial da região serrana", concluiu Boclin.
A secretária de Educação, Milmar Pinheiro, explicou que tanto os diretores das escolas urbanas quanto os das rurais precisam trazer os professores e alunos para conhecer o local onde vai ser construída a escola. Já o presidente da Fundação Educacional de Macaé, Jorge Aziz, serão criados e ministrados cursos livres para mobilizar a população e continuarão as reuniões entre a comissão responsável pela criação da escola e as comunidades dos distritos serranos.
O presidente da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca – Agrape, Chico Machado, comentou as medidas que o prefeito vem tomando em relação à serra. "As ações da prefeitura na serra têm a ver com a meta do governo Riverton, que é fixar o homem no campo. A união de todas as secretarias e o Plano Diretor, deve proporcionar a inauguração da escola técnica rural no próximo ano".
Por sua vez, o secretário de Trabalho e Renda, Claudio Bogado, que também faz parta e da comissão de formatação da escola, falou das ações de sua pasta na região serrana. E, o coordenador geral do Plano Diretor, Hermeto Didonet, disse que vê a escola técnica rural como uma alavanca para o progresso da economia rural. "No Plano Diretor, foi criada a Câmara Temática da região serrana, para avaliar conceitos de instrumentação urbana em uma região rural. O Plano Diretor aponta o caminho, através de políticas públicas, para viabilizar a permanência do homem no campo".
O presidente da Macaé Tur, Paulo Longobardi Filho, disse que o turismo rural no Brasil é uma atividade forte, por isso já conta com associação específica - a Abratur. "O potencial da região serrana facilita a inclusão da atividade turística, que vamos desenvolver na Escola Técnica Rural".
As diretoras das escolas municipais da região serrana se colocaram à disposição da prefeitura e da secretaria de Educação para realizar um trabalho de divulgação, pesquisa e coleta de opiniões e sugestões nas escolas da serra sobre a implantação da escola técnica rural.