Foto: Maurício Porão
Prefeitura faz a sua parte e já visitou 40 mil imóveis de janeiro a fevereiro
"É preciso que cada cidadão esteja convencido de que esta é uma situação crítica e exige o envolvimento de todos", disse o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, nesta quinta-feira (18), durante a reunião do Gabinete de Atenção e Combate ao Aedes aegypti. Ele acrescentou que não são necessários altos investimentos ou tecnologia de ponta para eliminar o vetor, mas o cuidado que cada um deve ter com sua casa e no trabalho para manter o seu espaço fora do risco das doenças causadas pelo mosquito. "Estamos trabalhando em várias frentes para envolver a população nesta luta", frisou.
O secretário de Saúde, Pedro Reis, ressaltou que a grande colaboração da comunidade é manter a cidade limpa, pois são infinitas as possibilidades de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chicungunha. Novas parcerias estão sendo firmadas com o Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem), Universidade Federal do Rio de Janeiro e Unimed. A meta é oferecer cursos de atualização para os profissionais de saúde.
Na ocasião, o diretor vice-presidente da Unimed Costa do Sol, Gumercindo Pinheiro, colocou a instituição à disposição e espera que outros segmentos da iniciativa privada se envolvam neste trabalho. "Os meses de março e abril são críticos, pois se espera um aumento no número de casos", informou.
Dando continuidade às ações intersetoriais de enfrentamento ao mosquito, será realizada, no dia primeiro de março, uma grande mobilização na rede municipal de Educação com atividades voltadas ao combate ao Aedes como gincanas, confecção de cartazes e produção de vídeos. Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, os melhores trabalhos serão premiados. "Esperamos mobilizar, aproximadamente, 40 mil alunos que irão para as ruas mostrar aos moradores do entorno da escola a importância das ações de prevenção", disse.
O professor da UFRJ e infectologista, Thiago Mamede, falou do impacto das doenças causadas pelo mosquito. Ele destacou que uma pessoa com chicungunha pode ter dores articulares até três anos. "O mosquito é extremamente domiciliar e os focos estão dentro das casas e se o poder público não conseguir entrar nas residências o trabalho não surtirá efeito", afirmou.
Além do trabalho de rotina dos agentes de combate às endemias, são realizadas várias frentes de trabalho com diversas secretarias e entidades da sociedade civil organizada.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, foram notificados 118 casos de dengue de janeiro até o dia 17 de fevereiro e 37 confirmados. Neste período, os agentes de endemias vistoriaram 40 mil imóveis.
Neste sábado, 20 voluntários da Cruz Vermelha estarão no bairro Imbetiba, de 8h ás 17h, orientando os moradores sobre os cuidados de combate ao Aedes. Também será montada uma base na Praça Luiz Reid.