A transposição da linha do trem do centro da cidade continua em foco na Prefeitura de Macaé. Na tarde desta sexta-feira (10), o prefeito Riverton Mussi esteve reunido na Fazenda Airis, na região serrana, com os deputados federais do PL/RJ, Reinaldo Betão e Carlos Nader; o coordenador nacional de ferrovias (Dnit), Luiz Fernando de Pádua Fonseca; o coordenador da 7ª Unit, Rodrigo Costa; o diretor da Secretaria de Patrimônio da União, Paulo Simões, e o proprietário da Fazenda Airis, Gonçalo Meireles Dias.
No encontro informal, na sede da fazenda, foi apresentado o estudo prévio da transposição da linha férrea, com a finalidade de se aproximar ao máximo da BR-101, nas proximidades das termelétricas, onde existe um projeto da iniciativa privada para criação de um novo pólo industrial no município.
Acompanhavam o prefeito os vereadores Paulo Paes e Paulo Antunes e os secretários municipais Tadeu Campos (Obras); André Braga (Governo); o presidente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec), Jorge Tavares Siqueira; o vereador e presidente da Agrape, Chico Machado, o assessor Fernando Aguilera e Ciro Lopes de Oliveira, da Primus Ipanema Agropecuária , entre outros.
Os parlamentares destacaram o crescimento de Macaé e reconheceram a importância da retirada da linha férrea do centro, principalmente para garantir a segurança da população e integrar a cidade.
– A transposição viabilizará maior desenvolvimento sócio-econômico do município, integrando os bairros que ficam separados do centro da cidade pela linha férrea – disse o deputado Reinaldo Betão.
Segundo o secretário de Governo, André Braga, a presença dos dois parlamentares, do prefeito Riverton Mussi e dos vereadores representava parte importante da força política do Estado na busca de solução para o problema, inclusive com pátio de manobras, o que representa um risco para a população de Macaé, que cresce a cada dia.
-O transtorno no trânsito da cidade é grande, principalmente quando as manobras são efetuadas em horários de pico. As manobras chegam a parar o trânsito em até meia hora, causando problemas para a população – disse André Braga.
Prefeito ressalta apoio dos parlamentares ao projeto
O prefeito Riverton Mussi disse que a luta pela transposição da linha férrea começou desde 2005. Ressaltou o apoio dos parlamentares fluminenses do PL, Reinaldo Betão e Carlos Nader e também do deputado do PRB/RJ, José Divino, e disse que a maior preocupação é com a segurança da população.
- Macaé realizou um estudo inicial que foi apresentado ao Dnit e agora estamos rediscutindo o projeto. Daremos continuidade até conseguirmos incluir a obra no PPI – Projeto Piloto de Investimento, do Governo Federal, através do Ministério do Planejamento.
Riverton afirmou que a segurança para a população é um dos aspectos mais relevantes para a retirada do pátio de manobras e da linha férrea. “O pátio de manobras está localizado em área de grande concentração demográfica, e onde funcionam estabelecimentos comerciais, daí a necessidade da transferência”, comentou Riverton. O prefeito lembrou que cerca de 90% dos vagões que trafegam na linha férrea fazem carregamento de óleo, o que reforça o argumento para a retirada das manobras daquele local.
O prefeito destacou que os deputados que apóiam o projeto estão trabalhando para que a União destine recursos para a transferência da linha férrea e do pátio de manobras e disse que o município vai entrar com uma contrapartida e que a Petrobras, a Ferrovia Centro-Atlântica e a rede ferroviária também estão envolvidas no projeto.
O presidente do Fumdec, Jorge Tavares Siqueira, explicou que a prefeitura efetuou o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), enviado ao Dnit. Já foi elaborado e entregue ao Ministério dos Transportes o Estudo de Viabilidade Financeira (EVF). Com o projeto executivo elaborado em Brasília, será discutido o orçamento do projeto e a contribuição de cada órgão.
“A presença dos deputados federais mostra o interesse dos parlamentares em ajudar Macaé a solucionar essa questão”, disse Siqueira, ressaltando que “o
objetivo é fechar um convênio entre prefeitura de Macaé e o Dnit e elaborar o cronograma de ações após o projeto executivo”.