O prefeito Riverton Mussi visitou nesta sexta-feira (9) as instalações da Fábrica de Tijolos Ecológicos da Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa), no bairro Novo Cavaleiros. A fábrica, que funciona com maquinário comprado pela prefeitura, está em atividade em caráter experimental, se adequando aos padrões técnicos. O objetivo é usar os tijolos em obras do próprio município e na construção de casas populares.
“Os tijolos serão bastante úteis nos loteamentos populares que vamos implantar para as pessoas que hoje moram em áreas de risco. Nossa idéia é construir as casas nestes loteamentos através de mutirões, com supervisão técnica da Emhusa. A prefeitura vai dar kits de tijolos para estes mutirões”, explicou o prefeito, que anunciou a implantação de mais duas fábricas - na região serrana e no Imburo.
Para a fabricação dos tijolos, são usados argila, cimento e água. O tijolo passa por uma prensagem de 20 toneladas. “O tijolo é ecológico porque não precisa ser queimado como os outros, não agredindo o meio ambiente”, explicou o coordenador da fábrica, Santiago Borges. O objetivo é que a fábrica trabalhe com sua capacidade máxima, que é de 480 tijolos por hora. Hoje, a fábrica já produziu 1,5 mil unidades em quatro horas. Depois da fase de testes, os tijolos serão usados também na própria fábrica, para fazer o fechamento lateral e para a construção do escritório.
A médio prazo, a idéia é que os tijolos sejam usados também em obras do município, como a construção de escolas, postos de saúde e equipamentos comunitários “A prefeitura vai deixar de comprar no mercado e fabricar seus próprios tijolos, diminuindo gastos com material de construção”, disse o secretário de Obras, Tadeu Campos. O sistema de instalação é através de encaixe, dispensando viga, pilar e emboço, representando, em média, 30% de economia na relação custo-benefício. “A fábrica de tijolos ecológicos não vai disponibilizar o produto ao mercado, ela foi projetada exclusivamente para atender ao programa habitacional da prefeitura”, afirmou Cabral.
Operando inicialmente com uma máquina e seis funcionários, incluindo um especialista estrutural, a fábrica foi idealizada pelo professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Francisco José Casanova, que também presta consultoria ao projeto. Além do secretário de Obras e do presidente da Emhusa, acompanharam o prefeito na visita o secretário de Comunicação Social, Romulo Campos, o presidente da Fundação de Agropecuária, Abastecimento e Pesca de Macaé (Agrape), Chico Machado, o presidente da Câmara Municipal. Eduardo Cardoso, além dos vereadores João Sérgio e Paulo Paes.