Foto: Flávio Sardou
Objetivo é o desenvolvimento de tecnologia local para sustentar as demandas da indústria do petróleo no município
O Prefeito Dr. Aluízio, juntamente com as equipes da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia e da Câmara Permanente de Gestão (CPG) de Macaé, apresentou na noite desta quarta-feira (12) o projeto de criação do Parque Científico e Tecnológico e o planejamento inicial do Plano Integrado de Mobilidade Urbana e Logística – Masterplan de Macaé. A apresentação foi feita durante o segundo dia da Feira Brasil Offshore, que acontece até a próxima sexta-feira (14) no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro.
Com o argumento da necessidade de desenvolvimento de tecnologia local para sustentar as demandas da indústria do petróleo no município, o analista de Projetos da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia, Carlos Eduardo Lopes da Silva, apresentou os principais pontos do planejamento para implantação de um Parque Científico e Tecnológico em Macaé. Diante de uma plateia de empresários, jornalistas e potenciais investidores nacionais e internacionais, Carlos Eduardo destacou que uma das prioridades da Prefeitura é promover a interface entre governo, universidade e setor empresarial.
“Somos a Capital Nacional do Petróleo, mas o município não produz sua própria tecnologia para sustentar sua economia e o governo vê isto como um problema que deve ser resolvido de forma emergencial. A integração do governo, academia e empresas deve ser a nossa hélice tríplice, ou seja, será nosso ponto de partida para começarmos a desenvolver conhecimento científico e tecnológico em Macaé”, explicou.
O objetivo é promover o desenvolvimento econômico e sustentável do município, resultando em melhorias para quem vive em Macaé por meio de mudanças em seus indicadores sociais, cruzando a expertise do mercado com a demanda local. “E o caminho para esta transição é a transformação do atual arranjo produtivo em um sistema de inovação, que passe pela consolidação dos espaços de conhecimento, consenso e inovação, que podem se formar a partir das interações entre universidade, empresa e governo”, ressalta o analista.
A previsão é implementar o Parque Tecnológico e Científico de Macaé já em 2014, com as três principais áreas de integração unindo os três polos industriais do município: Parque de Tubos, Cabiúnas e Novo Cavaleiros. Dentro das perspectivas apresentadas, o parque contará com setor de Administração, Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), Incubadora de Empresas, Centros de Desenvolvimento Tecnológicos (CDTs), Museu do Petróleo, além de um Espaço Ciência, Espaço de Eventos e Estacionamento.
“Este não é um projeto da Prefeitura por si só, é um projeto da cidade de Macaé, que cada vez mais se mostra no caminho certo para criar este espaço. É preciso se pensar em petróleo, sustentabilidade e biotecnologia de forma integrada, com a participação de todos os atores sociais que compõe o atual cenário do município: empresas, universidade e população”, encerrou Carlos Eduardo.
“É fundamental que todos deem sua opinião sobre projeto, pois ele é direcionado para a sociedade como todo, para quem trabalha, para quem estuda e para quem mora em Macaé. Queremos reforçar o compromisso que este governo tem com o processo administrativo da cidade. Este não é um momento político nem eleitoral, muito menos um evento para enaltecer a Prefeitura. É puramente administrativo, para que possamos tomar as melhores decisões para que Macaé se torne a cidade que precisa ser nos próximos 20 anos e, sendo assim, toda contribuição é muito bem vinda”, ponderou o Prefeito.
“O que queremos da indústria do petróleo é que ela deixe de forma clara para Macaé, para o estado e para o país que este é um projeto importante, mas que também possibilite a redução do custo do petróleo no município, para que Macaé seja de fato uma cidade boa para todos nós”, completou Dr. Aluízio.
MASTERPLAN
Após o projeto do Parque Tecnológico e Científico, foi a vez da Câmara Permanente de Gestão (CPG) do município apresentar o Masterplan – Plano Integrado de Mobilidade Urbana e Logística de Macaé. Com o objetivo de requalificar a malha viária do município para a definição do fluxo das principais áreas de acesso à cidade, o Masterplan foi apresentado pela arquiteta Paula Guedes, Gerente de Urbanismo e Saneamento da CPG. A intenção é realizar uma série de ajustes no espaço físico do município que afetam as áreas Ambiental, Social, Saneamento Básico e de Habitação e Urbanização.
“O Masterplan é um projeto a longo prazo, com planejamentos que visam sua consolidação no ano de 2020, mas que precisa ser iniciado o quanto antes para atender ao acelerado crescimento populacional e industrial de Macaé. É necessária uma requalificação urbanística e ambiental da cidade, consertando o que está errado e construindo o que for necessário ”, disse a gerente.
Dividido em três módulos, o projeto prevê a interligação dos principais vetores viários do município, a BR 101, a RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto) e a RJ 168 (Rodovia do Petróleo), a partir da construção de um grande arco viário que pretende integrar as regiões Norte e Sul de Macaé. Entre as principais propostas estão a construção do Anel Viário Perimetral, ligando o Parque de Tubos ao Lagomar, a construção do Arco de Santa Teresa, que ligará o Parque de Tubos à RJ 168, a duplicação da Ponte Engenheiro Ivan Mundin na Barra de Macaé, mudança de acesso à Linha Verde, a construção de vias e reurbanização no contorno do Canal Macaé-Campos e Ilha da Caieira, e a constituição de um eixo de serviços de interligação entre o Parque de Tubos e o Novo Cavaleiros.
“Nosso objetivo é melhorar a circulação de veículos e devolver a paisagem de rio para a cidade, tendo a consciência da necessidade das intervenções urbanas visando a preservação ambiental. São projetos complexos e até mesmo ousados, mas que se fazem necessários diante do crescimento da cidade. É chegada a hora de Macaé dar início a novos projetos, pois a sociedade está madura para esta mudança e o município, por sua vez, possui a capacidade técnica e a vontade política necessária para enfrentar o desafio de ir em busca do desenvolvimento urbano adequado à realidade socioeconômica em que vive”, completou Paula Guedes.
Prefeito garante que Arco de Santa Teresa é prioridade
O Prefeito Dr. Aluízio informou o ponto de partida do Masterplan com o início da construção do Arco de Santa Teresa em meados de 2014, inclusive com o apoio do governo do estado.
“Já reservamos o orçamento de 2014 para o Arco de Santa Teresa, uma obra considerada fundamental para Macaé, inclusive com o recebimento de assertivo do Governo do Estado para ficarmos despreocupados com esta obra, pois esta seria uma obra do governo estadual para Macaé. Já estamos preparando um cronograma de atividades e a sua licitação para que nada impeça o início desta obra em 2014”, revelou.
O Prefeito destacou que as obras para a redefinição da malha viária do município surgiu de uma necessidade demandada pela própria indústria do petróleo em Macaé.
“Nossa proposta inicial é ligar toda a região Norte com o Sul, até Cabiúnas. E a forma mais rápida para isso é iniciar o Arco de Santa Teresa, que será feito em 2014 independente se houver, de fato, parcerias. Logo em seguida, vamos interligar com a RJ168 . Vale lembrar que esta estrutura será para utilização prioritária para veículos de cargas pesadas que, em geral, pertencem à cadeia petrolífera, por outro lado, a população também será beneficiada, já que o trânsito fluirá melhor nas demais vias. Nosso grande desejo é fazer com que a carga da indústria chegue de forma rápida e segura e que a população tenha, de fato, uma mobilidade urbana eficaz”.
Para Dr. Aluízio, todos os investimentos no desenvolvimento urbano do município se fazem necessários há tempos, contudo também é necessário que haja uma contrapartida das empresas em benefício ao município.
“Vamos investir porque é uma necessidade de Macaé rever sua estrutura, mas precisamos também de uma participação efetiva da indústria do petróleo. Estamos abertos a diálogos para chegarmos a um consenso, mas é preciso que a indústria se mostre interessada em utilizar e apoiar este projeto, fundamental para a própria sobrevivência da economia do município. Se não vislumbramos um futuro promissor para Macaé sem a presença de um novo porto, também não vejo futuro em um novo porto na cidade com a atual malha viária de Macaé. É preciso que os benefícios existam para todos”.