A partir do segundo semestre de 2016, quando será inaugurado o Macaé Techno Park, os empreendedores e acadêmicos do município passarão a contar com uma Incubadora de Negócios Inovadores, onde serão produzidas soluções para as demandas do setor de óleo e gás. O espaço de dois mil m2 ainda possibilitará a diversificação do potencial econômico de Macaé por meio do fomento à produção de conhecimento. O Projeto de Pré-Incubação da Subsecretaria de Ciência e Tecnologia foi apresentado a alunos, professores e gestores de instituições de ensino superior durante o Universidade Empreendedora: Desenvolvendo Pessoas Inovadoras realizado, na tarde de quarta-feira (3), na Cidade Universitária.
O projeto piloto da incubadora tem a finalidade de motivar empresas grandes e pequenas, pessoas já atuantes no mercado, universitários ou pesquisadores a desenvolverem novas ideias com orientação multidisciplinar e em um ambiente onde os riscos do empreendimento sejam reduzidos. O foco principal será o tecnológico para desenvolvimento de negócios. A primeira fase do processo, a Mobilização e a Difusão, será em breve iniciada. Ela consiste em divulgação do projeto nas universidades e cadastramento de interessados. Em seguida, virá a fase Capacitação de Potenciais Empreendedores e, logo após, a Capacitação Especializada, realizada em parceria como Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec) e Sebrae, que vai ser antecedida de processo seletivo.
- A gestão municipal pretende com esse evento uma mudança de cultura. Não é cultural no Brasil o estímulo ao conhecimento empreendedor nas universidades. O empreendedorismo, muitas vezes, é uma característica do indivíduo que precisa ter oportunidades para desenvolvê-la e, outras vezes, nasce da necessidade de geração de renda e de inserção no mercado de trabalho. Em Macaé, o empreendedorismo é uma política pública fomentada em diversas frentes, desde a Casa do Empreendedor às universidades e às grandes empresas, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, Vandré Guimarães.
- Esse encontro pretende ser um facilitador para aproximar a universidade do setor produtivo do município, sem, contudo, que ela se descuide de seus compromissos sociais. Macaé tem uma indústria extrativista (óleo e gás) e, enquanto perdura esse ciclo, deve investir parte de seus recursos em seu futuro. O conhecimento é um recurso inesgotável. Pretendemos propiciar uma economia com bases no conhecimento e naquilo que ele produz, inclusive a diversificação desse potencial econômico, reforçou o subsecretário de Ciência e Tecnologia, Joelson Tavares.
Durante o encontro, Luís Paulo Huber, da Elogroup, apresentou aspectos das estratégias de gestão de processos de negócios, eficiência operacional, gestão pública e tecnologia. Já Glauco Nader, da Rede Petro, abordou especialmente a identificação de oportunidades. No setor de cursos de salvatagem, no de caldeiraria, por exemplo, as commodities já são uma realidade, com pouca variação dos produtos no mercado, visto que todos são certificados conforme as normas nacionais ou internacionais. Sendo assim, o desafio é: Como agregar valor ao meu produto para me diferenciar do meu concorrente? Esse é o papel deste fórum: inspirar a inovação para que consigamos o produto específico para o mercado, ressaltou Nader.
Também estiveram presentes ao evento o presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Gleison Guimarães, a diretora da Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), Larissa Tavares, entre outros gestores municipais e de instituições de ensino superior.