Foto: Kaná Manhães
Tratores preparam o solo com supervisão de técnico, para pequenos produtores rurais realizarem plantio
Com a proximidade do período das águas de março fechando o verão, o solo tem que estar preparado para o plantio de culturas como o feijão preto e de corda, milho e abóbora. Para isso, a secretaria de Desenvolvimento Econômico atua, por meio da subsecretaria de Agricultura, com maquinário apropriado no preparo do solo para que pequenos produtores rurais tenham a terra preparada. O trabalho é realizado com acompanhamento de técnicos da prefeitura de Macaé.
O objetivo é criar mecanismos que proporcionem o aumento e a melhora da eficiência das áreas de produção de grãos do município, garantindo assim o desenvolvimento e a modernização da produção agrícola de Macaé.
- Fortalecer a produção agrícola, com equipamentos modernos e apoio técnico ao produtor rural é um dos objetivos do prefeito de Macaé, Riverton Mussi. Além de promover a produção de grãos, estimulamos os potenciais e a produtividade dos sistemas de produção da agropecuária do município, melhorando o desenvolvimento socioeconômico, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cliton Santos.
Nesta terça-feira (8), o engenheiro agrônomo da subsecretaria de Agricultura, Rogério Freire, acompanhou o preparo de solo na terra do produtor Marivaldo Ribeiro Fernandes, no Assentamento Celso Daniel. A propriedade tem ao todo nove hectares de terra, e já foi utilizada para o plantio de lavoura, criação de carneiros e de gado.
- Já tive roça e parei. Tentei a criação de carneiros, chegando a ter 127 animais e também a criação de gado, mas o espaço é pequeno. Voltei para a roça porque agora tenho apoio da assistência técnica e maquinário da prefeitura. Como eu poderia arar toda essa terra manualmente? Se não fosse isso, ia continuar a dar murro em ponta de faca -, disse o agricultor, que além da abóbora e de feijão de corda para a comercialização, plantará feijão preto para o consumo da família. Marivaldo também já possui 45 caixas de abelhas produzindo, depois que frequentou os cursos promovidos dentro do Assentamento Celso Daniel.
O agricultor lembra que o valor pago por uma hora de trator chega a custar R$ 50. “No ano passado plantamos também milho, quiabo e feijão de corda, mas não houve boa produção por causa da estiagem. Aguardamos ainda as chuvas deste mês para iniciarmos o plantio da abóbora e dos feijões. Minha intenção é conseguir uma boa produção, principalmente de abóbora, para comercializar no Ceasa”, explicou.
Em 2010, a prefeitura adquiriu mais três tratores, cada um com seis implementos: grade aradora e niveladora, enxada rotativa, cultivador/adubador, plantador de grãos e distribuidor de calcário. Com isso, a prefeitura completou os equipamentos que beneficiam os agricultores do município, totalizando oito tratores e três retroescavadeiras que atendem a área rural de Macaé.
Estímulo à produção
O estímulo à produção agrícola, desenvolvido pela prefeitura, beneficia todas as 50 famílias do Assentamento Celso Daniel. São aproximadamente 50 hectares que recebem o suporte à produção para a comercialização e garantia da segurança alimentar.
O engenheiro agrônomo, Rogério Freire, explica que o atendimento técnico aos pequenos produtores rurais de Macaé é uma atividade rotineira realizada na Bendizia (Bicuda), Aterrado do Imburo, Madressilva, Trapiche, Serra da Cruz e Virgem Santa.
- Como aqui no Celso Daniel é uma área de reforma agrária, eles ainda não receberam crédito para o sistema de produção. Por isso, todo o suporte que o município dá é importante, no sentido da garantia alimentar dos agricultores. O feijão, por exemplo, eles plantam para a subsistência e vendem o excedente, mas garantem a alimentação para todo o ano -, explicou o engenheiro.
Freire informa que um dos produtores do Assentamento Celso Daniel conseguiu uma produção de feijão acima da média do estado em julho de 2010.
- Em um hectare o senhor Nilson Gomes produziu 18 sacos de feijão, o equivalente a 900 quilos. O que é ótimo e de acordo com dados da Emater a média do estado é de 700 quilos por hectare -, declarou.
A expectativa do engenheiro agrônomo é que o clima colabore com chuva ainda este mês. “Em setembro, outubro e nem em janeiro caiu a chuva esperada para o período. Aguardamos que em fevereiro seja melhor”, pontuou, completando que o ideal é que a chuva seja bem distribuída ao longo do mês e que o previsto para essa época é de 100 milímetros.