Através do programa Cidadania e Dignidade, executado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, a família Bezerra, moradora no bairro Visconde de Araújo, reencontrou seu parente, Ivan Araújo Bezerra, de 39 anos, que estava desaparecido há quase um mês. O reencontro, ocorrido nesta quarta-feira (12), emocionou sua irmã que, portando sua foto, procurou a Subsecretaria na esperança de localizá-lo.
Segundo a equipe de abordagem da Subsecretaria, Ivan, que é um paciente psiquiátrico, já se encontrava em situação de risco social quando foi resgatado na orla norte de Macaé, próximo ao Bar do Côco, na semana passada, e levado para a Pousada da Cidadania a fim de usufruir dos serviços especializados e de alta complexidade oferecido pelo abrigo municipal às pessoas que se encontram em situação de rua. O coordenador do programa, Guilherme Carvalho, conta como isso aconteceu.
- Estávamos fazendo abordagens próximas ao bar do Côco quando fomos informados que o Ivan estava no local há vários dias. Então, o recolhemos e o levamos para a Pousada, que dispõe de equipe multidisciplinar para acolher, tratar e oferece todo o aparato necessário para a inclusão social. No entanto, ele só ficou uma semana porque fugiu para o mesmo local onde o encontramos. Quando sua irmã foi até a Subsecretaria com a foto dele, imediatamente o reconhecemos e cruzando as informações, constatamos que o Ivan era o irmão desaparecido, explicou.
Guilherme obteve informações da Pousada de que o paciente psiquiátrico tinha conseguido fugir daquele abrigo e que, no entanto, tinha sido visto novamente nas proximidades do Bar do Côco. Ele conta como foi o reencontro. “De posse das informações partimos para o local com a irmã do Ivan que, ao avistá-lo, imediatamente o reconheceu, o abraçou e o levou de volta para casa”, afirmou.
Reincidência encaminhada ao MP – Uma tentativa de resgate foi feita a um morador em situação de rua, nesta quinta-feira (13), na Rua Eusébio de Queiroz, próximo ao Centro tecnológico (CT). Trata-se de João Carlos França da Silva, de 27 anos, que precisa de tratamento médico, mas que ao ser abordado pela segunda vez, não aceitou a acolhida da equipe, mostrando-se resistente.
- O João Carlos é reincidente. Na semana passada passamos o dia inteiro com ele para que pudesse ser tratado. Ele foi atendido e o deixamos internado na UPA da Barra, mas, segundo aquela Unidade de Saúde ele se evadiu na sexta-feira, retornando para as ruas da cidade. Mesmo sendo de Itaboraí, ele tem referência familiar em Macaé. Um levantamento feito pela Pousada da Cidadania indica que ele já está há 18 anos nas ruas e caso sua família macaense não quiser acolhê-lo nós iremos encaminhar o caso ao Ministério Público para que tome as devidas providencias, assegurou Guilherme.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Vânia Deveza, a demanda do Programa é diária, pois muitos cidadãos que vão parar nas ruas perdem a referência de vida e as causas muitas vezes são ausência de moradia, inexistência de capacitação e mudanças econômicas, entre outras coisas. Nesse caso do João Carlos, ela pede que as pessoas não deem esmolas para não mantê-lo nas ruas.
- Pedimos à população que não dê esmola às pessoas que se encontram em vulnerabilidade nas ruas, principalmente, por causa de casos como este em que o rapaz está doente, precisando de tratamento, mas não aceita ajuda. Não conseguimos convencê-lo a ir para casa de sua tia aqui em Macaé, nem para uma Unidade de Saúde. Por fim, estaremos acionando o Ministério Público para que aja conforme o caso requer, ressaltou a secretária Vânia Deveza.