Visando a melhoria da qualidade de vida da população através de políticas públicas sociais pautadas na prevenção e promoção da saúde, a prefeitura de Macaé e a secretaria Especial de Saúde (Semusa) implementam diversos projetos na área de nutrição, por meio da Coordenação da Área Técnica de Nutrição e Alimentação (Catan).
Implantado recentemente o Programa Municipal de Fórmula Infantil para recém-nascidos de baixo peso e prematuros em parceria com a Semusa atende uma média de 30 crianças por mês até o sexto mês de vida. A coordenadora da Catan, Débora Pessanha, lembra que o programa foi criado no ano passado e atende, exclusivamente, crianças que precisam complementar sua alimentação com leite artificial ou que não podem ser amamentados com leite materno.
Débora ressalta que sempre coloca o leite materno como prioridade, mas os prematuros, gemelares, crianças de baixo peso ao nascer e dos que ficam internados em UTI neonatal, e por conseqüência, possuem dificuldades em receber o aleitamento materno exclusivo, complementam a sua alimentação com o leite fornecido pela Catan.
Cada criança recebe de cinco a 10 latas de leite especial. A dona de casa Letícia Maria da Silva, mãe das gêmeas Maiara e Maiane, que nasceram prematuras e de baixo peso, é beneficiada com leite que complementa a alimentação das crianças, já que a produção do leite materno não é suficiente.
- Se não fosse este programa, não sei como faria para comprar o leite para minhas filhas, meu esposo é ajudante de pedreiro, mas atualmente faz bico e ganha por mês em torno de R$ 300. Com certeza, não teria condições de arcar com estas despesas – completa, enfatizando que durante toda a gestação, que foi de risco, recebeu assistência da secretaria de Saúde com consultas e exames.
As gêmeas nasceram no HPM e foram encaminhas para a Catan, Maiara que nasceu com 2,5 quilos, atualmente com oito meses ela pesa 5,970, considerado normal. Já a sua irmã, que nasceu com 1,6 quilos, está num processo mais lento de recuperação. Na última semana, quando foi para a consulta na Catan, estava peasando 4.430.
As crianças assistidas pelo programas passam pela consulta com o pediatra e o nutricionista a cada quinze dias. Débora lembra que é dada prioridade às famílias com baixo poder aquisitivo. “A família participa de uma entrevista sócioeconômica com a assistente social que posteriormente faz uma visita domiciliar. Atendemos aquelas famílias que realmente não têm condições financeiras, pois cada lata de leite custa em média R$ 25”.
A Catan possui ainda o Programa Municipal do Leite, para crianças de zero a 59 meses, Programa Municipal de Nutrição Alternativa, Suplementação Alimentar para crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca entre outros que visam o enfrentamento da desnutrição no município.