Os jovens do Programa Sem Fronteiras têm um motivo a mais para comemorar neste Natal. A prefeitura iniciou o pagamento de bolsa auxílio de R$ 190 (meio salário mínimo) para os jovens inscritos no projeto. O anúncio foi feito pelo secretário Executivo de Trabalho e Renda, Cláudio Bogado, nesta quinta-feira (6), durante encontro na Incubadora de Empreendimentos, com cerca de 180 jovens que integram o projeto.
O Programa Sem Fronteiras é desenvolvido pela secretaria de Trabalho e Renda (Semtre) e tem como meta a inserção de jovens de 16 a 24 anos, residentes em Macaé, identificados em situação de risco, no mundo do trabalho. O programa é desenvolvido em três fases: formação em ética e cidadania; qualificação profissional, e inserção no mercado de trabalho. Todas as fases são acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.
- É uma boa notícia para os jovens, uma conquista do projeto e da Semtre. Mas, também é acompanhada de cobranças: eles aprendem que cidadania está vinculada à execução de compromissos. O jovem tem que freqüentar as palestras e participar de todas as atividades do programa e, principalmente, estar estudando. Se não estudar, perde a bolsa – observou Cláudio Bogado.
No projeto, eles têm acompanhamento pedagógico e participam de encontros quinzenais, onde são abordados temas variados voltados para a qualificação profissional. Nesta quinta-feira, foi feito um balanço das atividades de 2007 e apresentado o planejamento para o próximo ano com a continuação das atividades.
- Cerca de 80 jovens já foram inseridos no mercado de trabalho com carteira assinada ou por meio de parcerias com empresas, cumprindo a Lei 10.097/200 do Jovem Aprendiz. Essa lei regulamenta que toda média ou grande empresa deve ter de 5 a 15% no quadro de funcionários destinado à cota da lei de aprendizagem – explicou Euzinéia Santuchi, coordenadora do Programa Sem Fronteiras.
Novos Horizontes
A vida de Bruno R. Lima, 19 anos, tomou outro rumo depois de seu ingresso do Programa Sem Fronteiras. Ele cursava o ensino médio, mas contou com incentivo do projeto para tentar o concurso para a Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) de Macaé, do Cefet Campos. Hoje, Bruno cursa o 2º ano de técnico de instrumentação e foi encaminhado pelo programa, para o projeto Jovem Aprendiz da Petrobras UN-BC.
- Concilio o estudo com o trabalho. Na Petrobras, trabalho quatro horas por dia e faço o curso de auxiliar em rede de computadores. Recebo um salário mínimo, ticket alimentação e vale transporte. O contrato é de dois anos e acaba no meio de 2008. Conto com o projeto da Semtre para conseguir ser encaminhado para outra empresa e continuar trabalhando – disse.
Já para Danilo Sales, 19 anos, o Programa Sem Fronteiras é também um local para novas amizades. “Conheci o Bruno e fiz muitos amigos no Programa. Já concluí o ensino médio e estou terminando o curso de encanador na UTC Engenharia, como Jovem Aprendiz. Estou fazendo o curso de técnico em segurança, que é pago por mim. Estou investindo no meu futuro, e vou continuar estudando sempre. O Programa Sem Fronteiras abriu meus olhos para um novo mundo”, disse Danilo, que mora há 18 anos.