Prefeitura começa combate a caramujo africano na próxima terça-feira

17/11/2006 16:20:45 - Jornalista: Simone Noronha

Praga que se espalhou por todo o país, o caramujo africano está dando dor de cabeça também aos moradores de Macaé. Para minimizar os efeitos da infestação, a prefeitura de Macaé começa a fazer na próxima terça-feira uma campanha de combate ao molusco. Cinco equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com 25 profissionais, estarão fazendo coleta do caramujo nas áreas públicas. Ao mesmo tempo, a equipe estará orientando os moradores.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Fernando Marcelo Tavares, as equipes vão catar os moluscos e destruí-los. A coleta será feita apenas em áreas públicas, como praças e jardins. Os moradores serão orientados a fazer a coleta usando luvas ou sacos plásticos. “Nunca se deve pegar o caramujo com as mãos”, orientou o secretário. Depois da coleta, os moluscos devem ser colocados em outro saco com sal e esmagados. Os restos devem ser jogados no lixo. Em uma segunda etapa, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente vai receber apoio da Secretaria de Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses.

O caramujo africano pode transmitir uma série de doenças para o homem, mas desde que a praga chegou ao Brasil, não foi registrado nenhum caso. O caramujo africano é terrestre, e quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.

Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos. A espécie é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".