Moradores das áreas de maior risco na Fronteira, em Macaé, serão transferidos para casas populares no condomínio Bosque Azul, na Ajuda. A prefeitura já iniciou as obras de preparação do terreno para a construção de 90 casas, que serão entregues em 2008. A prioridade será para quem mora em um raio de até 20 metros da orla, que todo ano sofre com as ressacas do mar.
Nesta quinta-feira (06), o prefeito Riverton Mussi fez uma vistoria técnica no local e conversou com os moradores. De acordo com ele, o muro de pedras de 300 metros colocado pela prefeitura na areia da praia é apenas um paliativo para o problema.
- Sempre aprendi que o que tiram da natureza, ela toma de volta, e aqui não está sendo diferente. Vamos dar prioridade às pessoas que moram em situação mais crítica, mais perto da areia. Ainda vamos estudar indenização para alguns moradores que também estão em áreas de risco - disse o prefeito.
A vistoria ao bairro foi acompanhada pelo secretário Especial de Infra-Estrutura Urbana, Adrian Mussi, dos secretários executivos de Obras, Tadeu Campos e de Comunicação, Romulo Campos, e do presidente da Macaé Trânsito e Transporte, Lúcio Aracati.
A área para a construção das casas tem oito mil metros quadrados. A obra será realizada com recursos próprios do município. O secretário Especial de Infra-Estrutura Urbana, Adrian Mussi, pontuou que o levantamento das famílias da Fronteira está em andamento pela Defesa Civil e secretaria Executiva de Assistência Social.
De acordo com Adrian, o levantamento indicará as famílias que vivem em área de risco e cujas casas correm risco de desabamento. “A prefeitura vai entregar as casas em ordem de urgência”, disse, acrescentando que o tijolo que será usado na construção das casas é da Unidade de Produção Habitar – fábrica de tijolos de solo – da prefeitura.
O projeto de assentamento das famílias do bairro Fronteira soma aos demais projetos habitacionais da prefeitura em andamento. No ano passado, o município entregou 321 unidades habitacionais. Além disso, estão em construção 750 apartamentos do PAR, 422 casas para famílias da Ilha Colônia Leocádia com contrato feito na Caixa Econômica Federal e 972 casas para os servidores em parceria com a Caixa Econômica Federal. Os projetos atendem famílias com rendas variadas, principalmente aquelas com até cinco salários mínimos e que vivem em área de risco.