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Prefeitura cria banco de dados de atropelamentos de fauna silvestre

13/08/2013 11:25:00 - Jornalista: Antonio Felipe Gonçalves

Foto: Divulgação

Reunião detalha proposta de viabilizar ferramenta de consulta que auxilie na conservação da biodiversidade

Com o objetivo de ampliar a preservação dos animais silvestres, a secretaria de Ambiente de Macaé formalizou convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a criação de banco de dados de atropelamentos da fauna da região.

A proposta é viabilizar uma ferramenta de consulta que auxilie na conservação da biodiversidade e de política pública eficiente e que seja de amplo acesso. De acordo com o coordenador de Fauna Silvestre da Prefeitura, o biólogo Alexandre Bezerra, essa parceria proporcionará o mapeamento das áreas de maior incidência. “Temos que, de alguma forma, reduzir essa mortandade, seja com placas nos locais de maior incidência, e nas áreas de travessias, seja orientando também na questão da fauna doméstica abandonada, porque muitos animais geralmente se tornam vitimas fatais”, explicou.

Como primeira ação foi realizada uma reunião sobre o assunto, no Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupme/UFRJ), onde foi discutida a funcionalidade do banco de dados, que contará com ferramentas de inserção, análise de dados e visualização, além de possibilitar o controle de dados aos pesquisadores e poder público.

A gestão das informações enviadas pela população ficará a cargo do professor Pablo Gonçalves e da aluna de mestrado Mariana Xavier, ambos pesquisadores do Nupem, que gerenciarão os dados recebidos através do e-mail faunaestradas@gmail.com, criado exclusivamente para esse fim. As informações necessárias no envio do e-mail são o nome popular ou científico da espécie, caso seja possível identificar, data do registro e o local onde aconteceu o atropelamento.

De acordo com Alexandre Bezerra, todo cidadão poderá informar pelo e-mail qualquer atropelamento de fauna silvestre, mesmo que as fotos não tenham boa qualidade. “Essas informações serão acrescidas dos dados que o Nupem já possui, pois realiza um excelente trabalho didático de taxidermia de espécies atropeladas expostas no espaço da ciência no campus da universidade e realiza um estudo genético das partes resgatadas (principalmente crânio e conteúdo estomacal), visando contribuir no estudo da distribuição das espécies na região”, disse.

As informações serão disponibilizadas semestralmente e estarão disponíveis para pesquisadores e também para a população, além de auxiliarem o governo na elaboração de políticas públicas que promovam a preservação ambiental.