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Prefeitura cumpre decisão judicial e realiza remoção dos escombros do Palácio dos Urubus

04/11/2025 15:42:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Márcio Borges

Uma decisão judicial teve como objetivo garantir a segurança da população

A Prefeitura de Macaé realizou na manhã desta terça-feira (4), a demolição controlada dos escombros do Palácio dos Urubus, situado na Rua Doutor Télio Barreto, no Centro. A ação, que atende a uma decisão judicial, teve como objetivo garantir a segurança da população diante do risco representado pela estrutura danificada do prédio. O imóvel, de propriedade particular, é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

O trabalho contou com a participação da Procuradoria Geral do Município, das Secretarias de Infraestrutura, Mobilidade Urbana, Ordem Pública, Secretarias Executivas de Serviços Públicos, Defesa Civil e do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS), da Polícia Militar.

A decisão judicial que autorizou a demolição é resultado de um processo iniciado em 2010, movido pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), no qual o município figurou como polo passivo da referida ação judicial. O imóvel tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), só poderia sofrer qualquer intervenção após autorização judicial específica. Com a decisão judicial favorável, a Procuradoria Geral do Município comunicou oficialmente o Inepac sobre o cumprimento da determinação.

Durante a operação, máquinas retroescavadeiras foram utilizadas para retirada das escoras que seguravam a fachada e na demolição dos escombros. Após a demolição, caminhões realizam o transporte do entulho, liberando as calçadas e garantindo a segurança do trânsito de pedestres e veículos na região.

A Prefeitura reforçou que o cumprimento da decisão visa assegurar a integridade dos cidadãos e eliminar riscos de acidentes em uma área de grande circulação.

Palácio - Construído na segunda metade do século XIX, o Palácio foi projetado pelo mestre alemão Antonio Becher, responsável também por vários casarões em Quissamã. A casa foi dada de presente pela baronesa de Muriahe ao seu neto, Manoel Pinto de Ribeiro de Castro.

Mais tarde, a casa passou a pertencer a um dos quatro filhos de Manoel, o conde Augusto, que se casou com Rosa Mônica, neta do Duque de Caxias. Rosa morreu de parto aos 17 anos. O conde, então, em 1893, decidiu vender o prédio para o major Francisco Emílio Caldas, o Chico Major, e se mudou para a Europa. Com o passar dos anos, o prédio passou por vários donos. Hoje, o prédio pertence aos herdeiros de dona Cecília de Lourdes da Silva Pimenta. A casa, que já teve o nome de Solar da Princesa por causa da neta do Duque de Caxias, recebeu o apelido de Palácio dos Urubus no início do século XX. Por ficar próximo a um matadouro, o Palácio tinha sempre urubus no seu telhado.


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