A prefeitura de Macaé preparou uma programação especial para o Dia Internacional da Mulher, comemorado na próxima quarta-feira, dia oito. A Coordenadoria dos Direitos da Mulher vai transformar a Praça Veríssimo de Melo em um grande espaço de beleza e cultura, com feira de cosméticos, corte de cabelo, escova, penteado afro, depilação, manicure, dança afro, roda de capoeira feminina, além de ações preventivas sobre câncer de colo de útero e mama e saúde da mulher.
No evento, que começa às 14h, ainda terá desfile de moda com modelos profissionais que irão mostrar as tendências da próxima estação. A coordenadora dos Direitos da Mulher, a médica Vânia Deveza, lembra que as comemorações irão se estender ainda no dia 09, na parte da tarde, com as feiras de Cosméticos e a das Artesãs Macaenses, com produtos confeccionados nas aulas do projeto Renda Mulher, oferecido pela coordenadoria. Às 19h, também haverá sessão solene na Câmara Municipal.
A primeira-dama do município e presidente do Centro de Apoio ao Paciente Oncológico (CAPO), Márcia Moraes, ressalta que a data tem que ser comemorada com entusiasmo, pois o dia foi escolhido diante de uma tragédia em que morreram queimadas 127 mulheres, reivindicando seus direitos trabalhistas, em 1857. “O mais importante é que diante de tantas atribuições do dia-a-dia, a mulher nunca deve perder sua essência”, diz.
Mulher – A Coordenadoria dos Direitos da Mulher realizou um estudo, entre janeiro e dezembro de 2005, do perfil epidemiológico do atendimento à mulher em situação de violência. O estudo, feito pelo Núcleo de atendimento à mulher (Nuam) e inserido na Assessoria de Enfrentamento à Violência, mostrou que a implantação de alguns programas ao longo do ano como o “Pérola de Mulher”, “Avança Mulher” e “Disque Mulher”, além da projeção da 123ª DP, em parceria com a Polícia Civil, dentro das dependências da coordenadoria, aumentou consideravelmente o número registros de ocorrência, a partir do mês de maio.
- Das mulheres que procuraram o Nuam em janeiro, apenas 49% realizaram registro de ocorrência, em dezembro 100% fizeram o registro, caracterizando o Nuam como um “equipamento social” no combate a violência contra a mulher -, revela Vânia Deveza, acrescentando que dos 624 processos abertos em 2005, existe a predominância da violência física com 61%, a ameaça ficou com 33% das denúncias e 16% de violência psicológica. “A partir das informações levantadas realizamos a análise da série histórica com a idade, etnia, grau de instrução, profissão da vítima e do agressor, além dos bairros com maior incidência de violência”, finaliza.