Operação feita nesta segunda-feira mobilizou várias secretarias, que receberam denúncias de ocupações irregulares. Moradores que ocuparam áreas públicas estão sendo cadastrados pela prefeitura.
A prefeitura de Macaé realizou uma ação conjunta nesta segunda-feira pela manhã para coibir definitivamente invasões de áreas públicas, que estavam começando a criar bolsões de pobreza no município. Representantes da Procuradoria e da Guarda Municipal, das secretarias de Meio Ambiente, Obras, Comunicação Social, Promoção Social e Fundação de Ação Social estiveram no bairro da Riviera, no limite com Novo Horizonte, notificando às famílias que elas deverão deixar a área que pertence à prefeitura. As construções que estavam em andamento e as desabitadas começaram a ser derrubadas.
A prefeitura possui duas áreas na Riviera: uma de 5.100 metros quadrados e outra de 16.200 metros quadrados que foram invadidas, principalmente por pessoas de outros estados que vêm para o município em busca de oportunidade no mercado de trabalho. Ilma Mendonça veio do Mato Grosso do Sul há um ano, com o marido e três filhos, depois que viu uma reportagem na televisão que mostrava Macaé como um “eldorado nacional”. O marido trabalha como bombeiro e eletricista e ela faz faxinas. Há um mês, não conseguiram mais pagar o aluguel da casa no Campo D’Oeste e construíram uma casa de um cômodo na área de invasão. A procuradora municipal, Maria Auxiliadora de Moura Ferreira, explicou a Ilma e a outros moradores que eles terão de sair do local, pois a prefeitura de Macaé vai entrar com o pedido de reintegração de posse da área.
- Nós estamos realizando fiscalizações intensivas para coibir essas invasões, em todo o município, e em áreas da Zona Sul da cidade. Temos recebido diversas cartas, com fotos e assinadas, de moradores da área que estão preocupados com a falta de segurança, por causa dessas áreas de invasão, afirmou a procuradora, explicando que a prefeitura de Macaé pretende urbanizar as áreas e construir uma praça no local.
Depois que o juiz autorizar a reintegração de posse, a prefeitura fará a remoção dos moradores da área. Preocupado com a situação das famílias, o secretário Municipal de Promoção Social, Waldeci Brandão, esteve no local conversando com os moradores e orientando-os a fazer um cadastro na secretaria.
- Todas as pessoas economicamente carentes que vão a secretaria de Promoção Social são cadastradas e nós procuramos auxilia-las. A Promoção Social possui recursos financeiros para atender às necessidades da população, inclusive auxiliando-as a retornarem a sua cidade de origem, explicou Waldeci Brandão.
O presidente da Fundação de Ação Social, Fernando Horta, participou da operação e enviou ao local duas assistentes sociais para dar suporte aos moradores da área. Elas preencheram fichas com os nomes das famílias e, através da Fundação, vão tentar solucionar os problemas de todos.