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Prefeitura de Macaé remove 30 casas em área de risco da Fronteira

12/12/2024 16:15:00 - Jornalista: Marilene Carvalho

Foto: Ana Chaffin

Defesa Civil segue atuando com ações emergenciais

Os impactos da ressaca do mar no litoral macaense têm sido monitorados pela Defesa Civil, que segue atuando com ações emergenciais. Por volta de cinco meses, cerca de 300 famílias foram removidas da orla do bairro Fronteira, e realocadas para alugueis emergenciais, em ação imediata da prefeitura. Nesta quinta-feira (12), das 30 casas desocupadas naquela ocasião, apenas uma se encontrava habitada. Após ajudar com a mudança, as equipes envolvidas na operação deram continuidade ao trabalho, demolindo as unidades restantes em toda a extensão da Fronteira em direção à Barra de Macaé.

"A Fronteira sofre historicamente um processo gradual de erosão e ocupação ilegal, ao longo de mais de três décadas. A poligonal de risco traçada por técnicos da prefeitura e do NUPEM/UFRJ, é um projeto que visa resguardar a segurança das pessoas que moram em áreas de risco. Com a saída da Fronteira, os ex-moradores passam a fazer parte do Programa Compra Assistida, que restituirá valores indenizatórios correspondentes às respectivas moradias deixadas para trás. Esse compromisso dá a eles a oportunidade legal de compra, com acompanhamento do governo municipal", explica Ana Letícia, chefe de Gabinete da Secretaria Adjunta de Habitação.

A Prefeitura vem realizando diversas atividades de conscientização para a retirada de moradores das áreas de risco. A Secretária Adjunta de Habitação, Ana Lúcia Ribeiro, reforça que o município possui um plano de assistência habitacional incluindo o aluguel emergencial. "Para ter esse direito, há necessidade de adesão por parte dos moradores notificados sobre os riscos de permanência onde vivem e que tiveram seus imóveis interditados pela Defesa Civil. Em paralelo, os interessados devem estar cadastrados no programa habitacional Minha Casa Minha Vida", reiterou.

"A Secretaria de Obras já iniciou um estudo para que o local seja revitalizado com algum projeto de interesse público como praça, parquinho, ou o que mais for adequado para impedir outras construções e problemas futuros", disse Ana Lúcia Ribeiro. A Secretária de Habitação informou ainda que o Nupem/UFRJ está realizando o estudo de uma nova poligonal de risco para remover moradores e as casas que ficam de frente ao mar, desta vez em direção ao Lagomar.

A Coordenadoria de Pronta Ação acompanhou o trabalho de demolição, das 8h às 17h, junto a um grande número de servidores das secretarias municipais da Ordem Pública, Defesa Civil, Obras, Serviços Públicos e Habitação. A Secretaria Adjunta de Defesa Civil atuou do começo ao fim do processo, desde a interdição. E segue alertando as populações das áreas onde há erosão costeira, principalmente a do bairro Fronteira. "É necessário se manterem atentos e longe do perigo, tanto em relação à permanência no local quanto a caminhar na areia da praia", ressalta Eduardo Lopes, coordenador da Defesa Civil.


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