As famílias que vão morar nas 300 casas populares que estão sendo construídas na Ajuda, no Bosque Azul, terão todo atendimento da prefeitura. A Secretaria de Obras vai iniciar em janeiro a arborização da área, construção de áreas de lazer, calçamento e iluminação de ruas. O município também já entrou com pedido junto às concessionárias Cedae, Ampla e CEG para agilizar o fornecimento de água, energia elétrica e gás canalizado. As primeiras unidades serão entregues em fevereiro.
“O Bosque Azul foi projetado para receber 15 mil moradores, o equivalente à população de Carapebus. É preciso que a área tenha a infra-estrutura urbana capaz de dar aos moradores qualidade de vida e garantir a permanência das famílias no local”, disse o presidente da Empresa Municipal de Habitação, Urbanismo, Saneamento e Águas (Emhusa), José Cabral, que participou de reunião nesta quinta-feira (8) com representantes de diversas secretarias do município. No orçamento da prefeitura para 2006, estão incluídos recursos para várias ações na área do Bosque Azul.
Com área de 600 mil metros quadrados, o condomínio é um novo conceito de ocupação urbana, idealizado para promover moradia com cidadania. Além das casas, o Bosque Azul inclui projetos como Condomínio Cidadão, os lotes populares urbanizados e o Programa de Engenharia e Arquitetura Pública (Bosque Feliz). O presidente da Emhusa esclareceu que os projetos serão executados com recursos municipais, federais e também provenientes do Fundo Municipal de Habitação.
- Os projetos constam na Política Municipal de Habitação e Interesse Social implementada pela Emhusa, em cumprimento às diretrizes do governo. A participação das demais secretarias municipais na execução do projeto é de fundamental importância, explicou José Cabral.
Além da urbanização, o loteamento terá escola para atender às crianças e jovens, unidade de saúde, transporte e área de lazer. “O foco da política habitacional do município é a inclusão social. O importante que o é que o residencial Bosque Azul tenha uma rede de proteção social que garanta a permanência das famílias ali”, comentou o presidente da Emhusa.
As residências já têm moradores definidos e que foram cadastrados pela Emhusa. São pessoas que residem em áreas de risco ou resultantes de invasões. As residências não poderão ser vendidas por um prazo de seis anos e serão financiadas pela Caixa Econômica Federal. Os moradores pagarão cerca de R$ 47 reais por mês por uma casa de um quarto. O financiamento e as formas de pagamento já foram discutidos com as famílias beneficiadas, que aceitaram os termos.
O Residencial Bosque Azul está dividido em três grandes projetos: o Bosque Azul I, o Bosque Azul II e o III, onde as 300 casas estão sendo concluídas. Está prevista uma Estação de Tratamento de Esgoto no Bosque Azul III que será construída em módulos e vai atender a toda a área do condomínio.
Para o secretário municipal de Obras, Tadeu Campos, o município só tem a ganhar com a implementação de uma política habitacional, já que a cidade cresce a passos largos, registrando índice de crescimento mais de duas vezes que a média nacional.
- Macaé cresce hoje em média 4% ao ano e já teve picos de 8%. O crescimento está tão grande que o custeio do município aumenta a cada dia. O crescimento da receita não acompanha o do custeio, o que preocupa a administração municipal – disse o secretário de Obras, lembrando que é preciso planejar, com os pés no chão, cada ação, para que Macaé possa oferecer a todos a qualidade de vida necessária.
O presidente da Emhusa, José Cabral, solicitou aos participantes uma nova reunião tão logo seja aprovado o Orçamento para 2006 pela Câmara Municipal, para que as ações que atendam às demandas do Residencial Bosque Azul se intensifiquem a partir de janeiro.
Participaram da reunião o presidente da Emhusa, José Cabral da Silveira; o secretário municipal de Obras, José Tadeu Filho; o procurador Jonatan Oliveira; o subsecretário de Meio Ambiente, Carlos Renato Mariano, e ainda, o engenheiro Nilton Carvalho e a arquiteta Cláudia Manhães (Planejamento), Maria Izabel Monteiro e Dayse Anne (Comunicação Social) e os engenheiros Adriana Assis, Jaqueline Agostinho e Danilo Maltez (Emhusa).