Com o objetivo de discutir a educação inclusiva e fortalecer a parceria para a melhoria do ensino, a subsecretária de Ensino Fundamental, Gelda Maria Tavares Rodrigues, e a coordenadora de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação, Alda Canabarro, representando o secretário de Educação, Guto Garcia, estiveram reunidas com o presidente da Associação Macaense de Apoio aos Cegos (Amac), Marcos Passos, na manhã desta quarta-feira (16). Durante o encontro, foram abordados diversos aspectos da integração dos alunos de escolas especiais ao ensino regular.
Como entende-se que este tema exige a atenção de todos os envolvidos e a Amac é uma das maiores interessadas em acompanhar esta inclusão e fazer parte dela, as representantes da secretaria foram ouvir do presidente da instituição o que ele considera necessário para que este processo ocorra da melhor maneira possível para os alunos.
- Já se fala em inclusão há muitos anos , mas só agora é que está tendo atenção dos governos. Há 30 anos atrás falava-se em inclusão, mas colocava-se as crianças na escola e não davam mais nenhuma assistência a elas. Hoje em dia se dá uma atenção especial, até porque se tem instituições como a Amac e a Amada (Associação Macaense de Apoio ao Deficiente Auditivo), por exemplo. A mesma parceria que estamos fazendo com relação à Amac agora, fizemos com a Amada, já que no ano passado os alunos deficientes auditivos também foram incluídos pela equipe. É muito necessária esta união dos esforços para ajudar as crianças. Temos uma equipe preparada, que está representando o secretário Guto Garcia. Ele quer que essa parceria dê certo. Por isso nos reunimos, para saber o que eles precisam e o que a secretaria tem condições de oferecer, disse Gelda Maria Tavares Rodrigues.
A coordenadora de Educação Especial, Alda Canabarro, explicou a importância de se promover este encontro para poder definir uma diretriz para a educação inclusiva no município.
- A secretaria de Educação segue, no processo de educação especial, as mesmas diretrizes do MEC, ou seja, uma perspectiva de educação inclusiva. E hoje as crianças com deficiência visual estão integradas ao ensino regular. Tivemos alguns encontros com a Amac, que é a associação que lida diretamente com as questões do pessoal com baixa visão e com cegueira, e o objetivo é estabelecer uma parceria para avaliar como será daqui para frente. A Amac tem um papel muito importante, inclusive para o fortalecimento dessa questão da inclusão. As crianças já estão no ensino regular, mas o processo não acabou. A Amac possui uma história no município, na vida dessas crianças e não pode se afastar. Por isso nos reunimos para discutir questões como qual será o papel da Amac, da família, da Educação, enfim, de todos neste processo, explicou.
O presidente da instituição também fez questão de enfatizar que não é contra a educação inclusiva e elogiou a postura de se discutir um assunto tão relevante ouvindo quem lida diretamente com as questões ligadas ao alunos que participam deste processo.
- Não somos contra a educação especial. Só queremos garantir que estas crianças tenham o atendimento adequado, porque a educação para cegos é diferente de todas as outras, já que o mundo é visual. Existem estas diferenças e se houver um direcionamento para a educação, com pessoal especializado, porque não se trata só de professores, mas também de outros profissionais, como terapeutas, fisioterapeutas, profissionais de educação física, entre outros, tudo funciona bem. É isso que queremos. E faremos o que for pudermos para ajudar, faremos, pontuou Marcos Passos.
No entanto, Alda Canabarro faz questão de enfatizar que a promoção da inclusão é um dever de todos e não somente do poder público ou das instituições voltadas para isso.
- No município a gente já procura há muito tempo outras instâncias e instituições que tenham estas responsabilidade da inclusão. Desde que a equipe se formou há cinco anos, ela vem processualmente tendo acesso a essas outras instituições, pois temos uma interlocução muito boa com os profissionais. A inclusão está no bojo de uma nova ordem social, então a sociedade civil organizada participa e tem um papel importante. A inclusão exigem que todos participem, tenham a sua responsabilidade e façam seu papel, completou.
Na reunião ficou decidido que a AMAC indicaria nomes de representantes para também fazerem parte da comissão que realiza os trabalhos nesta área. Ainda será elaborado um estudo para levantar tudo que já está disponível para a educação inclusiva, além do que ainda será necessário para que haja uma melhoria ainda maior com relação a esta questão.