Investimento na segurança do pescador com a reforma de embarcações, regularização de documentos, investimento em trabalho e renda, com alcance da família do pescador – cadastro dos filhos no Programa Primeiro Emprego – além do defeso da sardinha, tamanho dos barcos e criação do Projeto Ambiental. Estes foram os temas desenvolvidos pelo secretário Executivo de Pesca, José Carlos Bento, e o gerente do Programa Petrobras Mosaico, William Oliveira, em reunião com pescadores na secretaria Executiva de Pesca, na tarde da última segunda-feira (10).
O secretário José Carlos transmitiu aos pescadores a preocupação do prefeito com o bem-estar da comunidade pesqueira. “Estou secretário, mas sou, acima de tudo, pescador. Com muita alegria tenho recebido as cobranças do prefeito Riverton Mussi, devido à sua preocupação com nossa comunidade, com nossas famílias, e sua disposição em fortalecer a pesca como atividade econômica de peso em Macaé, desenvolvendo políticas públicas em parceria com a Petrobras Programa Mosaico, de cunho sócio-ambiental”, afirmou o secretário.
José Carlos citou, além da reforma de embarcações, outras medidas em favor do pescador de Macaé. “A secretaria vai recorrer à instância superior para conseguir a ampliação do tamanho do barco, limitado a nove metros, no defeso do camarão, o que prejudicou muito os pescadores de Macaé, e também pedir a revisão da questão da sardinha, usada como isca, tão necessária à atividade pesqueira, além de batalhar pela ampliação do número de embarcações de captura da espécie”, enumerou. Nas ações de médio e longo prazo, José Carlos incluiu a criação de uma empresa social.
- Sempre contando com o Programa Mosaico como parceiro, temos como objetivo a criação de uma empresa social. Para isso, vamos preparar gestores, para que não haja os mesmos erros cometidos na gestão da cooperativa de pesca, que faliu há alguns anos. Temos o projeto comum de implantar o pólo de pesca. Nosso projeto é alavancar a pesca para o mesmo nível dos outros setores da produção do município. No momento, temos de implementar ações menores, como a reforma de embarcações, porque são urgentes. O pescador precisa ter sua ferramenta em condições de ganhar o pão de cada dia, afirmou o secretário.
Segundo o gestor do Programa Mosaico, William Oliveira, a Petrobras já abriu licitação para aquisição do material a ser usado na reforma das embarcações. De acordo com ele, o Mosaico tem por finalidade apoiar a pesca. “A Petrobras investiu durante três anos no Projeto Piloto. Agora, transformado em Programa, o Mosaico vai receber mais investimentos da Petrobras para fortalecer economicamente a atividade pesqueira, em benefício dos pescadores e famílias, beneficiando também a economia do município e região. A restauração de embarcações é uma das ações de políticas públicas, em que a prefeitura vai arcar com a mão de obra e a Petrobras com a aquisição de todo o material”, garantiu William Oliveira.
William pediu a participação ativa dos pescadores na execução de uma parceria com o Programa Mosaico, numa relação de total confiança. Garantiu que a Petrobras, além do fortalecimento econômico do pescador, está interessada em sua educação, com matrícula no EJA (Educação de Jovens e Adultos), e cursos de capacitação para seus filhos, em atividades pesqueiras e não pesqueiras, participantes da cadeia de pesca., preparação de gestores, e em orientá-los a tratar suas embarcações como micro-empresas.
Alguns pescadores se manifestaram. Oswaldo Rodrigues, ex-colaborador da Escola de Pescadores, lembrou das dificuldades da comunidade pesqueira, por falta de apoio, nos anos em que esteve à frente da Cooperativa de Pesca de Macaé, mas afirmou que sabe que os tempos são outros e demonstrou confiança na parceria secretaria de Pesca- Programa Petrobras Mosaico. O pescador Rogério Silva falou da necessidade de projetos e de se trabalhar para que o peixe e o camarão não se acabem, devido à pesca com puçá. Opescador Wanderley, do barco “Pai é Deus”, elogiou a parceria prefeitura-Petrobras e o critério da prioridade na seleção para a reforma das embarcações. Jocevan, proprietário do “Cometa”, e José Ribeiro, dono do Libanês II, também elogiaram o trabalho.
A técnica da Petrobras, Carolina Benassuliy, foi apresentada por William como a coordenadora de campo, que vai acompanhar os pescadores no Programa Mosaico. Ela explicou que o Mosaico vai trabalhar com os pescadores até 2017, a capacitação e na assessoria técnica.
- Terminado esse prazo, os pescadores estarão aptos a trabalhar sozinhos. O programa vai prepará-los, a longo prazo, durante esses 10 anos, para tratar a embarcação como uma micro-empresa, que tem despesas, lucro, fundo de reserva. Agora, temos de agilizar a documentação de todos, que é o básico para desempenhar a função. Vamos ter atividade desportiva para os filhos dos pescadores, com o Projeto Capoeira, uma atividade disciplinadora e que traz efeitos altamente positivos à formação da cidadania. Queremos trabalhar juntos, disse a técnica.