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Prefeitura e população parceiras no controle da dengue

21/02/2008 16:05:24 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Com o objetivo de formar uma força tarefa no controle da dengue e, acima de tudo, mostra à população a importância do exercício de cidadania, foi realizado, na manhã desta quinta-feira (21), o primeiro curso de formação de multiplicadores para o controle da dengue. O evento faz parte do Plano Municipal de Contingência para o Controle da Dengue, da secretaria Especial de Saúde (Semusa).

Durante a abertura o secretário de Saúde, Luiz da Penha, falou que os resultados obtidos pelo município em relação as notificações e confirmações de casos de dengue nos últimos meses estão entre os menores do país. “Em janeiro, tivemos três notificações e uma confirmação. Esta é uma prova de que ações de combate à dengue no município estão gerando bons resultados”, frisou, completando que os cuidados para o controle da dengue são diários e precisa da participação de toda população.

Ele ressaltou que o lema da prefeitura de Macaé é capacitar permanentemente seus profissionais, mas em alguns casos há a necessidade de estender estes conhecimentos para a sociedade e fazer com que eles se tornem parceiros.

O secretário anunciou que no dia 28 de março será realizado um mutirão de combate à dengue no bairro Imbetiba, que irá contar com a atuação dos participantes do curso. O bairro foi escolhido por está com índice de infestação acima do normal. “Apesar de apresentar índice elevado, a doença está sob controle na região. Constatamos que um dos principais criadouros de larvas no bairro é o pratinho dos vasos de planta”, alertou.

A gerente técnica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a veterinária Cristina Pereira, agradeceu a presença dos participantes, que representaram diversas instituições e órgãos da sociedade civil organizada. “Este auditório lotado é a prova do comprometimento da população que quer atuar junto com o poder público no combate a dengue”, disse, lembrando que há uma preocupação do Ministério da Saúde de que o país viva uma nova epidemia.

O gestor do CCZ, Élcio Pontes, acrescentou que a população é a maior aliada da prefeitura na gestão de uma política pública de saúde de qualidade. “É importante que vocês multipliquem estas informações e sensibilize seus amigos e vizinhos da necessidade de cuidar cada um de seu espaço e evitar que o mosquito nasça”, completou.

A coordenadora de Saúde Coletiva, Laila Aparecida Nunes, lembrou que no dia 28 de março, uma equipe fará a administração do complexo homeopático contra a dengue, que é uma medida complementar a todos as ações da Semusa. Já no dia 29 de março, acontece a primeira Campanha de Homeopatia Contra a Dengue de 2008. O medicamento que é utilizado como auxílio para amenizar os sintomas da doença ficará disponível em todas as unidades de saúde.

Curso – O curso foi ministrado pela equipe técnica do Centro de Controle de Zoonoses. A primeira palestra foi proferida pela bióloga Jaqueline Barreira que falou sobre o que é a dengue, abordando todos os ciclos de vida do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

A bióloga falou que a fêmea deposita seus ovos em vários recipientes e medem aproximadamente um mm e são resistentes a 450 dias de dissecação. Na fase adulta, o mosquito, de hábitos noturnos, vive de 30 a 35 dias.

Na oportunidade, o conselheiro do Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Comads), Sebastião Roberto, sugeriu que devido aos ovos do mosquito sobreviverem por mais de um ano grudados nos recipientes, que este assunto seja abordado com mais ênfase. “As pessoas devem se conscientizar de que o final do verão não é sinal que o perigo acabou. Basta chover que o risco de proliferação do mosquito volte”, alertou.

Em seguida, o supervisor geral do Programa de Controle da Dengue do CCZ, Rogério Lemos, falou das ações do CCZ na prevenção. Ele destacou entre os serviços as visitas domiciliares para inspeção do imóvel para eliminação dos criadouros, utilização de aerosysten (intra-domiciliar), e UBV (fumacê) em áreas com casos positivo de dengue. Além desses citou ainda mutirões educativos e panfletagem para conscientização, vistoria de pontos estratégicos e atendimento de denúncias da população. A população conta também com o Disque Dengue 2762-0175, onde podem ser feitas sugestões, reclamações e denúncias.

O guarda de endemias, Adilson França, falou sobre a metodologia da visita domiciliar. Após as palestras para tratar o assunto de forma lúdica e bem humorada, o grupo de teatro arte em saúde (Grutas), da coordenação de Saúde Coletiva, apresentou a esquete teatral intitulada “Cuidado com a dengue”.

Participaram do curso representantes da secretaria Executiva de Serviços Públicos (Semusp), Departamento Ambiental da Guarda Municipal, Macaé Trânsito e Transporte (Mactran), Exército, Corpo de Bombeiros, Grupos da Terceira Idade, Associações de moradores e Escoteiros.