Prefeitura e Sebrae mostram perspectivas do Seminário de Desenvolvimento Regional

21/05/2007 16:55:51 - Jornalista: Alexandre Bordalo

A prefeitura de Macaé, através da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), está organizando o II Seminário de Desenvolvimento Regional. Na organização do evento, que acontece no dia 29 de maio, às 18h, no Paço Municipal, está também o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo o gerente regional do Sebrae – Região Norte Fluminense, Gilberto Soares dos Reis, há abrangência de municípios ricos e pobres nessa região.

- São dez cidades, que vão desde as menos abastadas como Cardoso Moreira e São Francisco do Itabapoana até as que recebem gordas fatias dos royalties, como Campos, Macaé, Rio das Ostras e Quissamã - avalia Gilberto. Ele acrescenta que o Sebrae apóia as micro e pequenas empresas destes municípios, mas não há necessidade de implementar ações diferenciadas.

- Entretanto, nossas ações como agentes de desenvolvimento nas cidades mais pobres é mais visível que nas mais ricas – explica o gerente regional do Sebrae, frisando que em ambos os casos há fomento de empreendedorismo. Para ele, a realidade das micro e pequenas empresas é igual, a carga tributária é a mesma e as taxas de juros são idênticas. “Além disso, as dificuldades são similares”, comenta.

Sobre o II Seminário, Gilberto diz que o Sebrae apóia todas as ações de desenvolvimento regional, com o objetivo de criar ambiente favorável às micro e pequenas empresas.

- Em nossa região, temos importantes fatores para colocarmos em prática um desenvolvimento sustentável - conta.

Como exemplo, ele cita recursos financeiros; instituições de fomento (como federações, instituições de classe - sistema ‘s’ – Senac, Senai e Sebrae; instituições de ensino (Uenf, Cefet e outras), além de capital social. Nesse caso, pontua-se o nível cultural das pessoas, interação da comunidade com os movimentos sociais.

Gilberto explica também que os poderes públicos estão pensando na infra-estrutura de seus municípios na era pós-petróleo.

- Esse discurso é unânime, pois todas as lideranças políticas refletem sobre a possibilidade de um dia cessar os combustíveis fósseis. Isso justifica o II Seminário de Desenvolvimento Regional - ressalta.

Ele conclui, afirmando que quando se discute o desenvolvimento regional em nível de maior amplitude, indiretamente as micro e pequenas empresas serão devidamente beneficiadas.

Ainda participam dos preparativos do II Seminário de Desenvolvimento Regional a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e a Organização dos Vereadores dos Municípios Produtores de Petróleo (Onvetro)

Os objetivos do evento

O presidente da Funemac, professor Jorge Aziz, diz que o objetivo do acontecimento é analisar os instrumentos de gestão institucional de ações consorciadas entre federados, a exemplo da Lei Federal 11.107/2005, para a construção de modelos e formas mais racionais de gestão, impulsionando questões, disputas e projetos que se desenham numa perspectiva regional.

- Também é nossa meta fortalecer os instrumentos de gestão integrada entre federados no processo de desenvolvimento regional dos municípios produtores de petróleo – comenta Aziz. O palestrante principal será o representante do projeto bilateral Canadá – Brasil sobre consórcios públicos, Jonh Macej Wojciechowski.

Jorge Aziz diz ainda que as instituições convidadas são: prefeituras, governança empresarial, universidades, empresas, imprensa, governo do estado, sindicatos, clube de serviços, consórcio MRA5, comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Macaé e Rede Petro BC.

Ele explica que no II Seminário de Desenvolvimento Regional serão analisadas questões como o aumento da arrecadação dos royalties em toda a região.

- Isso provoca uma situação ambígua: um sentimento de riqueza, por um lado, e uma frustração pelo fato de que os recursos financeiros, apesar de abundantes, não se traduzem em melhores oportunidades de trabalho e emprego para um contingente significativamente maior. Este fato põe em movimento as forças políticas, os agentes econômicos e os sujeitos sociais representativos da sociedade civil, na perspectiva de construir formas coletivas de otimizar esses recursos – avalia o presidente da Funemac.