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Prefeitura encerra curso de Propriedade Intelectual

14/12/2005 11:29:34 - Jornalista: Sérgio Lopes

Com sua finalidade sendo alcançada, ou seja, sensibilizar e capacitar professores, pesquisadores de instituições de Ensino Superior, representantes dos Governo Estadual e Federal e demais profissionais ligados à área de ciência e tecnologia, em Propriedade Intelectual, a Prefeitura de Macaé encerrou o curso de Propriedade Industrial. O curso foi realizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em parceria com a Fundação Educacional de Macaé (FUNEMAC) e o Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT).

Com carga horária de 32 horas-aula, o curso foi dividido em seis módulos: Introdução à Propriedade Intelectual (4 horas); Marcas (4 horas); Patentes (8 horas); Informação Tecnológica (8 horas); Outros Registros (Desenhos Industriais, Indicações Geográficas e Programas de Computador - 6 horas) e Transferência de Tecnologia (2 horas) e contou com cerca de 20 participantes.
Em seu discurso de encerramento, o presidente da Funemac, Jorge Aziz disse que no próximo ano vai intensificar o evento para superar os resultados obtidos e atrair outros parceiros com o intuito de difundir o desenvolvimento da propriedade intelectual tanto no município quanto na região. “Agradeço a participação do INPI e do IMMT nesse processo de intercâmbio cultural”, disse.

De acordo com o gerente técnico do IMMT, João Carlos Sant’Anna, o convênio entre o INPI, FUNEMAC, IMMT vem reforçar a importância do registro de marcas e patentes, na região da Bacia de Campos. Na opinião dele, no mundo atual a importância da Propriedade Intelectual está extremamente desenvolvida tanto na Europa quanto nos Estados Unidos e nos países asiáticos. “Este evento teve o objetivo de mostrar aos alunos as formas de proteger as inovações tecnológicas. Ao se realizar em Macaé, proporcionou aos gestores de tecnologia e demais profissionais, uma oportunidade de aperfeiçoamento nesta área de atividade”, declarou.

Para Júlio Lazzarotti – que veio de Belo Horizonte – a experiência foi muito boa. Os detalhes assimilados foram de grande valia. “Essa iniciativa das instituições mostrou a independência na criação de projetos.
O futuro do município começa a ser construído com projetos como esse”, analisou.

A assistente de administração Sônia Regina, quando entrou no curso, não conhecia a direção que seria tomada. Após conhecê-la ficou encantada. “Agora quero fazer pesquisa e participar dos encontros. No futuro, quando estiver na universidade, tenho certeza que os conhecimentos aprendidos aqui vão ser de muita valia”, afirmou.

A técnica do INPI, Mônica Andrade, disse ser a primeira vez que o curso é realizado no interior do Estado e revelou que foi uma experiência inovadora. “A participação dos alunos nos recompensa a fazer outros. As entidades foram pioneiras e importantes no trabalho de divulgação da propriedade intelectual no município”, comentou.

De acordo com o pesquisador adjunto da diretoria de Articulação e Informação Tecnológica do INPI, Alexandre Guimarães Vasconcellos, o curso faz parte de um projeto do Instituto Nacional que visa disseminar informações a respeito do sistema de propriedade intelectual, especificamente, sobre a propriedade industrial. “Nosso objetivo é passar informações sobre marcas e patentes, como funciona o sistema de proteção das criações intelectuais e de como os inventores e pesquisadores nacionais se utilizam deste sistema, a fim de proteger as suas criações e gerar tecnologia de alto valor agregado, que são de relevante interesse para o desenvolvimento tecnológico do país”, explicou.

A professora Zea Mayerhoff – que também é bióloga e engenheira química – disse que a Prefeitura deu um passo importante para estabelecer um canal com o INPI e a sociedade no intuito de difundir a Propriedade Intelectual na região. “A Propriedade Industrial é pouco difundida no Brasil. É interessante ver esse tipo de curso chegar ao interior do Estado. Temos que integrar todo o país nesse programa de inovação que o governo está criando”.

Zea acredita que a difusão da informação faz nascer uma semente, assim, as pessoas já podem pensar em valorizar tudo aquilo que foi criado, atribuindo um valor, sabendo que qualquer forma de criação intelectual, especificamente, em termos industriais aplicado a um novo produto, tem um significado. “Esse valor pode ser muito maior se for protegido, através do sistema de propriedade intelectual”, concluiu.