Enquanto os trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro mantêm a greve por aumento salarial afetando a distribuição de correspondências e encomendas para a população e setores envolvidos com endereçamento como Cedae, Ampla, telefonia, rede bancária e órgãos estaduais/municipais como as secretarias de Fazenda e Procon, as agencias comunitárias dos correios mantidas pela prefeitura continuam funcionando normalmente, cumprindo seu papel de entregar as cartas, carnês, boletos bancários e outras contas dos usuários do serviço, nos 12 bairros onde atuam.
Desde que foram implantadas nas localidades de Areia Branca, Barra de Macaé, Complexo da Ajuda, Córrego do Ouro, Frade, Glicério, Lagomar, Parque Aeroporto, Sana, São José do Barreto, Trapiche e Virgem Santa, as agencias comunitárias têm garantido a entrega dos objetos aos seus destinatários (entre mensagens e encomendas).
Segundo o supervisor geral das agencias comunitárias, Robson Silva, os moradores desses locais podem postar cartas simples e registradas e receber na agencia a entrega domiciliar de correspondência.
- A prefeitura de Macaé, por meio de convênio com a Agência Nacional de Correios e Telégrafos, implantou o serviço visando facilitar o recebimento de correspondências e contas e também o envio de cartas, além de outros tipos de serviços para a população, disse.
Para não deixar a população desses logradouros sem o serviço, funcionários da prefeitura têm ido normalmente buscar as encomendas na triagem dos Correios.
Além disso, algumas agências mantêm pontos de apoio que facilitam a vida de quem mora próximo das agencias. É o caso, por exemplo, da agencia do Complexo da Ajuda que possui um ponto de apoio na associação de moradores da Piracema ou Águas Maravilhosas, onde as correspondências são entregues todas as terças-feiras, por um funcionário público.
- Temos também pontos de apoio no Aterrado do Imburo, que faz entrega nas quintas-feiras e nos condomínios do Village da Serra e do Horto, que pertencem à agencia da Virgem Santa, acentuou.
Minimizando o impacto – O crescimento acelerado da capital do petróleo provocou um inchamento urbano nos últimos anos, com a implantação de novos loteamentos e invasões que geraram ruas alfanuméricas, impossibilitando durante muito tempo a realização de ações e serviços essenciais à rotina dos moradores desses locais.
Assim, por determinação do prefeito Riverton Mussi, no início de sua segunda gestão, a coordenadoria de atendimento ao contribuinte da secretaria de Fazenda começou a fazer um levantamento de todos os logradouros públicos que não tinham o nome dado pelo loteador e que não eram oficializados pelo município. Os dados são repassados para a Câmara de Vereadores (que tem a função de elaborar as leis, oficializando as novas nomenclaturas das ruas) e informados à Agência Nacional de Correios e Telégrafos para que sejam criados os Códigos de Endereçamentos Postais (CEP’s).
- A prefeitura tem trabalhado para que todas as ruas e logradouros públicos tenham nomes. Há três anos estamos organizando e administrando a legalização dos nomes das ruas para resolver definitivamente a questão de logradouros sem o CEP. Esse trabalho tem sido complementado com o envio de relatórios à Câmara Municipal, à superintendência dos Correios e aos Órgãos envolvidos com o endereçamento postal – disse o coordenador do CAC, José Jorge.
Grupo de Trabalho em prol do CEP - Em março de 2010 foi formado um grupo de trabalho para atuar no projeto “Nomenclatura de ruas, Identificação de logradouros públicos, revisão e criação de códigos de endereçamento postal (CEP)”. O grupo formado pela procuradoria geral do município (Progem), Plano Diretor da Câmara Permanente de Gestão, Coordenadoria de atendimento ao contribuinte (CAC), subsecretaria de Urbanismo e chefia de gabinete do prefeito, já está finalizando o levantamento dos logradouros da cidade.
- Assim que estiver concluído será mostrado preliminarmente à superintendência dos Correios para que, junto com a subsecretaria de Urbanismo faça um trabalho de campo, a fim de adequar os novos loteamentos à nomenclatura do CEP de acordo com os bairros. A identificação visual será a segunda etapa desse trabalho. A etapa seguinte está em processo de licitação para a identificação das ruas da cidade que a partir de então terá outra cara – assegurou a coordenadora do Plano Diretor da Câmara Permanente de Gestão, Miriam Reid.