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Prefeitura faz mutirão contra o caramujo africano

11/12/2006 12:10:14 - Jornalista: Simone Noronha

A prefeitura de Macaé está realizando esta semana um mutirão de combate ao caramujo africano em seis bairros da cidade. Equipes das secretarias de Meio Ambiente, Serviços Públicos, Saúde, do Centro de Controle de Zoonozes e da Fundação Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape) estão trabalhando na coleta dos moluscos nas vias públicas, como praças e terrenos baldios.

Os jovens voluntários do Programa Macaé Primeiro Emprego / Juventude Cidadã ajudam na conscientização da comunidade, orientando os moradores sobre a maneira correta de coletar os caramujos em suas residências. “Este é o projeto piloto da campanha de combate ao caramujo africano, que já se transformou em uma praga nacional”, comentou a bióloga Carmem Dalmas, da secretaria de Meio Ambiente. Nesta primeira etapa, foram escolhidos os bairros com maior índice de reclamação.

Nesta segunda-feira, as equipes trabalharam no bairro Riviera Fluminense. Nesta terça-feira, a campanha será realizada no Mirante da Lagoa. Na quarta, as equipes estarão no Campo do Oeste, e na quinta-feira, na Virgem Santa. Encerrando o mutirão, na sexta-feira a campanha vai ser feita nos bairros Nova Holanda e Nova Esperança. Ao todo, 30 pessoas trabalham na coleta do caramujo.

Os moradores estão sendo orientados a fazer a coleta usando luvas ou sacos plásticos. “Nunca se deve pegar o caramujo com as mãos”, orientou o secretário de Meio Ambiente, Fernando Marcelo. Depois da coleta, os moluscos devem ser colocados em outro saco com sal e esmagados. Os restos devem ser jogados no lixo.

O caramujo africano pode transmitir uma série de doenças para o homem, mas desde que a praga chegou ao Brasil, não foi registrado nenhum caso. O caramujo africano é terrestre, e quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.

Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos. A espécie é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot. Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot".