Com uma política municipal voltada para a eqüidade no acesso à saúde, de forma a atingir todos os cidadãos, visando a superação das desigualdades sociais, a prefeitura de Macaé por meio da secretaria Especial de Saúde desenvolve diversos programas na área de vigilância nutricional e da situação alimentar da população.
Entre os programas desenvolvidos pela Coordenação da Área Técnica de Alimentação e Nutrição (Catan), está o de suplementação alimentar para crianças com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca (lactoglobulina). De acordo com a coordenadora da Catan, a nutricionista Débora Pessanha, o programa custeado com recursos municipais atende uma média de 50 crianças de até cinco anos com a distribuição de leite de soja e atendimento multiprofissional.
A nutricionista ressalta que as crianças com intolerância à lactose e alergia a proteína do leite desenvolvem várias patologias, como diarréia, dor, distensão abdominal, rinite, asma, entre outros que em muitos casos causam distúrbios nutricionais que propiciam o risco nutricional ou desnutrição. “Com a indicação da utilização de alimentos, preparações isentos de lactose e a distribuição do leite de soja podemos evitar algumas doenças”, diz.
Maicon de Freitas, de apenas dois anos é um dos contemplados pelo programa desde os cinco meses de idade. A sua avó, trabalhadora rural, Terezinha Batista de Freitas, garante que antes de se alimentar com o leite de soja o menino constantemente sofria com diarréia. “Quando fui encaminhada para a Catan, me receberam muito bem. Todos os meses, meu neto é consultado pelo pediatra e nutricionista e recebe o leite de soja que complementa a sua alimentação diária. Sem este projeto não teria condições de comprar o leite que é muito caro e acabaria tendo que pedir ajuda aos outros”, declara.
A coordenadora da Catan acrescenta que cada criança atendida pelo programa de suplementação alimentar com intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca, recebe de cinco a 10 latas de leite de soja por mês. Débora lembra que é dada prioridade para as famílias com baixo poder aquisitivo. “A família participa de uma entrevista sócio-econômica com a assistente social que, posteriormente, faz uma visita domiciliar. Atendemos as famílias que realmente não têm condições financeiras, pois cada lata de leite de soja custa em média R$ 40”, frisa.
A Catan possui ainda os programas municipais do leite, para crianças de zero a 59 meses, e de nutrição alternativa, entre outros que visam o enfrentamento da desnutrição em Macaé.