A Prefeitura de Macaé iniciou as obras de construção do Centro de Reciclagem de Resíduos Sólidos, no Novo Horizonte, em área de 20 mil metros quadrados. O centro será gerenciado pela Cooperativa de Catadores, responsável pela operacionalização e recolhimento do material. As obras estão adiantadas e deverão estar concluídas em dois meses.
O subsecretário municipal de Meio Ambiente, o engenheiro Carlos Renato, esclarece que a Cooperativa de Catadores é o principal elemento do Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos, a partir de convênio entre a prefeitura de Macaé, com a participação da secretarias municipais de Meio Ambiente (Semma), Promoção Social (Sempros) e Educação (Semed), e o governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Serla, e a termelétrica El Paso.
O secretário de Promoção Social, Valdeci Brandão, ressalta a importância da ação unificada das secretarias municipais para o sucesso do projeto, que tem como foco principal a inclusão social. A Sempros será responsável pelo cadastramento dos catadores e a Semma pela instalação do centro. A Semed fará a conscientização dos alunos e treinamento dos professores multiplicadores do projeto, tudo com o apoio logístico da prefeitura e da Procuradoria Geral do município de Macaé.
A Cooperativa é parte das ações do Plano de Trabalho do Convênio de Recuperação de Margens de Canais na área de Manguezal da Foz do Rio Macaé. O convênio foi firmado entre a Semadur, Serla e El Paso, em conjunto com a secretaria de Meio Ambiente, tendo como contrapartida da El Paso a implantação de um pólo de recolhimento, classificação final, compactação e enfardamento de embalagens PET, na área que está sendo preparada pela prefeitura com infra-estrutura necessária para o funcionamento. As ações serão gerenciadas pela Serla, coordenadora do convênio.
Cooperativa visa a inclusão social e preservação ambiental
O subsecretário Carlos Renato ressalta o forte caráter social do Projeto, definido sob duas vertentes: a social e a ambiental. Na vertente social, a Cooperativa tem como objetivo a inclusão social, possibilitando trabalho e a renda para os catadores.
- Sob o ponto de vista ambiental, o projeto tem grande importância, pois, na medida que as pessoas catam os resíduos sólidos, para gerar renda, estão colaborando com a preservação ambiental, evitando que esses resíduos sejam lançados nos rios, canais e redes de esgoto, causando uma série de transtornos para o meio ambiente – disse o subsecretário.
Inicialmente, a fábrica vai trabalhar com 30 catadores que já atuam no município de forma informal, recolhendo as embalagens de Pet, mas não são reconhecidos, embora realizem uma importante ação para a preservação do meio ambiente.
A Prefeitura de Macaé, através das secretarias municipais de Promoção Social, Meio Ambiente, Trabalho e Renda, realizará o levantamento sócio-econômico dessas pessoas. A partir daí, serão selecionadas e cadastradas as 30 pessoas que formarão a Cooperativa. Isso não exclui os demais catadores, que podem continuar realizando seu trabalho e vender o produto para a Cooperativa. A idéia é que os catadores selecionados recebam uma ajuda de custo mensal e ainda ganhem em cima da produção.
Além da Promoção Social e outras secretarias, o projeto terá a parceria das escolas, instituições importantes para o sucesso de qualquer ação que vise a educação ambiental, com os professores realizando o trabalho de formar opinião sobre a importância da preservação ambiental e da reciclagem de produtos sólidos.
Serão treinados 120 professores da rede municipal de ensino, que serão os multiplicadores do projeto. Segundo ficou definido em reunião realizada na secretaria municipal de Educação, no dia 21, a Serla passará para a Semed, na próxima semana, o conteúdo e o material a ser utilizado no treinamento e, a partir daí, serão selecionados os professores.