A prefeitura de Macaé há quase três meses iniciou a intensificação do combate ao mosquito transmissor da dengue, trabalho executado pela Secretaria de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses. Este ano, de janeiro a abril, foram 17 notificações de dengue, das quais apenas quatro foram confirmadas. O veterinário da Divisão de Zoonoses, Gustavo Ferreira, responsável interino pelo setor, fala do combate ao mosquito.
- Durante todo o ano, é feito um trabalho preventivo de combate às larvas e de educação e orientação das populações visitadas. A intensificação do combate ao aedes egypti se deve à grande incidência do inseto em todos os municípios do estado do Rio de Janeiro. Os focos aparecem em reservatórios de água limpa para beber, mal cobertos, garrafas de boca para cima e pneus com água limpa de chuva. Tudo isso deve ser evitado pela população, observou Gustavo.
Segundo o supervisor geral dos agentes de combate a endemias, do Centro de Controle, Rogério Lemos, a falta de água potável no município é o maior responsável pela presença do mosquito transmissor da dengue, o que preocupa o Centro. “A falta de água potável no município obriga os moradores a fazerem o depósito irregular de água em latões que, por não serem fechados de forma satisfatória, se transformam nos maiores focos do mosquito”, afirmou.
Rogério recomenda às pessoas que têm xaxins e plantas em vasos, que não deixem de colocar areia para secar a água dos pratinhos que servem de base, evitando-se acúmulo do líquido e, conseqüentemente, o crescimento de larvas, que dão origem ao inseto causador da dengue. Ele explica como é feito o combate ao mosquito transmissor da dengue.
- Os cerca de 80 agentes fazem a coleta de larvas, que são levadas a laboratório, para se verificar se são de mosquitos comuns ou do aedes egypti. De posse dos resultados, determina-se o índice de infestação de larvas por bairro. Detectada a incidência, parte-se para o combate, utilizando-se de meios preventivos contra as larvas, e de meios de combate ao mosquito adulto. Quando constatamos o aumento do índice de larvas, utilizamos o termonebulizador - que não é o fumacê - no combate ao mosquito adulto, tanto o comum quanto o transmissor da dengue, resumiu.