Dez pessoas estão desabrigadas e oito estão desalojadas em Macaé por conseqüência da chuva que atinge o município desde o final da tarde de ontem e registrou 191 milímetros de índice pluviométrico. A prefeitura está encaminhando os atingidos pelas chuvas para a Pousada Brisa da Costa. Todo o suporte social é feito para as famílias.
O índice de 191 milímetros é 50% maior do que era esperado para todo o mês de novembro na cidade. Outro prejuízo é que vinte e cinco escolas ficaram sem aulas, a maioria por dificuldade de acesso de alunos e funcionários.
Durante sessenta minutos desta madrugada, choveu 48 milímetros – mais de um terço do que era esperado para todo o mês. A Defesa Civil registrou 50 atendimentos em ruas da madrugada de ontem até às 19 horas de hoje, além de 250 atendimentos telefônicos ao público pelo 199, que inclui orientações e informações. O escoamento das águas segue gradativo.
Os locais mais afetados são Campo D´Oeste, Centro, Aeroporto, Nova Holanda, Nova Macaé, Fronteira, Riviera, Novo Cavaleiros, Sol y Mar, Visconde de Araújo, Parque Valentina Miranda, Malvinas, Botafogo e Bairro da Glória, além do Vilage do Horto, onde foram registrados desabamentos de muros.
A Defesa Civil montou uma ação na Virgem Santa, onde houve deslizamento de terra. Bombas de sucção móveis foram instaladas nos principais focos de alagamento como no Novo Eldorado – onde a Defesa Civil faz a retirada de famílias – e o Nova Esperança.
A prefeitura de Macaé ganhou o apoio do Exército, com dois caminhões e doze soldados que atuam nas áreas alagadas e dão suporte no Novo Cavaleiros, onde estão instaladas quatro bombas em parceria com a Petrobras. Três bombas escoam as águas pluviais no bairro Nova Esperança e uma no Novo Eldorado.
A Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), no sentido Rio das Ostras-Macaé foi fechada e está funcionando em meia pista com o fluxo alternado. O Secretário Executivo de Defesa Civil, Eric Schueler, orienta que a população ligue gratuitamente para 199 em caso de emergência. O plantão e o monitoramento dos pontos de alagamento são 24 horas.
A secretaria de Saúde orienta para que a população não tenha contato com as áreas alagadas para evitar doenças como leptospirose, diarréia e hepatite. Os deslizamentos de terra foram registrados nas ruas Chile e Bolívia, no Campo D´Oeste, Rua Jesuíta Samoel da Silva, no Jardim Pinheiro, além da Rua Karine Mussi Barcelos, no bairro São Marcos, e na Rua SV 3, no Morro de Santana. De acordo com a previsão do tempo, a chuva continua nesta sexta.