Foto: Slide da apresentação
Encontro apresenta primeira etapa do programa de indicadores sociais
A conclusão da primeira etapa do Programa Indicadores Sociais, que visa um planejamento estratégico com ações que tornem o serviço público mais qualificado para os cidadãos, foi apresentada a secretários municipais, nesta terça-feira (22), no Centro de Convenções. O programa foi gerido por uma equipe da Secretaria Adjunta de Patrimônio e Planejamento, em parceria com Secretaria de Administração e de Educação, por meio das Secretarias Adjuntas de Ensino Superior e Ciência e Tecnologia.
O planejamento estratégico é uma metodologia internacionalmente reconhecida como útil às transformações na gestão de organizações. Uma matriz gerencial única e online foi criada, a fim de recolher todas as informações pertinentes de cada secretaria, levando em consideração dados do Plano de Governo, Plano Diretor, o plano Plurianual e seus correlatos e os Planos específicos das secretarias. A ideia é acabar com a visão intuitiva da gestão/planejamento municipal sobre as relações entre ações de diferentes secretarias, e torná-la qualitativa e quantitativa, com dados em números e previsões.
A secretária Municipal Adjunta de Patrimônio, Gisele Muniz, deu início à apresentação do projeto que foi montado de forma conjunta e se trata de um trabalho reconhecido como pioneiro. “E um trabalho reconhecido como pioneiro à medida que o município estabelece indicadores de desempenho. O que nos leva a construção e adoção de uma planilha, voltada ao atingimento de metas, em prol de maior eficiência na prestação de serviço à sociedade .”
Integrantes da equipe que montou o projeto, a assistente de administração e logística Eurosina Abreu, e a assistente social Darana Azevedo, também falaram sobre a primeira etapa do projeto. “Construímos indicadores e fizemos uma parte das metas inerentes a esses pontos, com base em planos e legislações específicas, com respostas a curto, médio e longo prazos, a conclusão da primeira etapa dessas propostas de indicadores levou um ano e pouco para se concluir”, explicou Darana.
Eurosina acrescenta que, da desconstrução das ideias à viabilidade do projeto, que já está com a primeira etapa concluída, demorou um pouco mais de um ano e meio. “E, na segunda etapa, vamos inserir as medições dessas metas de controle. Percebemos que há uma relação em todas as ações: quando se trabalha a prevenção à violência, por exemplo, é necessário buscar um aumento na merenda escolar, pois há um reforço para se manter mais crianças na escola. Aumentando esse indicador, é necessário que o produtor também envie uma quantidade maior de alimentos. E por aí vai...”, pontua.
O secretário adjunto de Ensino Superior, Márcio Magini, também participou do processo na parte de mineração de dados.
- Esse trabalho vai proporcionar às secretarias a capacidade de prever e ver qual a influência desse indicador municipal em espaços em que há correlação, mas muitas vezes não é percebida. Muitas vezes não se entende que uma ação da Secretaria de Obras, por exemplo, influencia ações de outros setores. E essas ferramentas que vamos começar a implementar com base nesses dados, vão proporcionar a capacidade de envergar as relações entre os diferentes indicadores e isso vai trazer mais confiança nas tomadas de decisão – observa Magini, que também é professor da UFRJ com atuação em modelos estatísticos.
O secretário observa que a tomada de indicação vai melhorar os gastos e dar entendimento de que o recurso aplicado no ponto específico vai gerar a necessidade de aplicar em outros correlatos, que muitas vezes não são percebidos como tal. “Quando se trabalha com números, há uma facilidade maior para aplicar o planejamento orçamentário e a população vai ter acesso a esses dados descritivos e vai poder acompanhá-los, em um segundo momento, em tempo real”, explica Magini.