A representante da prefeitura de Macaé na 1ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, entre os dias 29 de junho e 03 de julho, Sônia Santos, disse que o encontro resultou numa maior união das lideranças das etnias que compõem a sociedade. Negros, judeus, ciganos, árabes, mulçumanos, palestinos e indígenas firmaram pacto pela erradicação do racismo no país.
Sônia representou a prefeitura como delegada governamental e com direito a voto na Plenária. A conferência contou com discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que falou para os 1.150 delegados, representando 27 estados do Brasil e o Distrito Federal e para 150 observadores internacionais. Países da Europa, África, América Latina e Caribe estiveram representados. Também fizeram parte do evento autoridades de países como Palestina, França, Canadá, Camarões, Senegal, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Chile, Peru, Bolívia, Uruguai, EUA e Cuba.
O primeiro ministro da cultura de Cuba, Rafael Bernal Alemany, considerou a conferência como o primeiro passo de um longo caminho. Segundo Sônia Santos, o ponto alto do evento foi o discurso da cantora Lecy Brandão que cobrou do governo verbas para a execução de propostas e programas pela igualdade racial.
Dentre os temas tratados estiveram o maior entendimento entre judeus e palestinos, assunto promovido pela secretaria Especial de Promoção das Políticas de Igualdade Racial (Seppir); a efetivação do programa de combate à anemia falciforme, em todo o território nacional; lançamento da TV da Gente, apresentada por Netinho, enfocando a cultura afro-brasileira e indígena; aproximação do Brasil com a África, através da cooperação entre os países, entre outros.
Sônia Santos traz para Macaé a confirmação da Corafro, da Fundação Macaé de Cultura da Prefeitura, como gestora das políticas acima citadas, buscando aproximar o governo municipal das ações e programas instaurados pelo governo federal para atender a juventude, gerar trabalho e renda, promover a saúde da população negra e respeitar as religiões africanas.
Além disso, a implementação da Lei 10.639 que institui o ensino da História da Literatura e da Arte da África em todos os níveis de ensino é a menina dos olhos da Corafro, pois já está sendo executada em algumas escolas municipais.