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Prefeitura promove curso interno de capacitação em gerenciamento de resíduos

29/01/2007 17:54:45 - Jornalista: Catarina Brust

Os dois maiores vilões de poluição dos mananciais hídricos, os resíduos sólidos e o esgoto lançado sem tratamento nos rios, estão na mira da prefeitura de Macaé. Para isso, a prefeitura está promovendo dois dias de capacitação técnica sobre o assunto para os fiscais do município. A primeira aula foi ministrada nesta segunda-feira (29), pelo engenheiro químico da secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Carlos Pedro Ferreira Neto, no Paço Municipal da prefeitura. Fiscais da Semma e da Fundação de Agropecuária de Abastecimento e Pesca (Agrape).

Nesta segunda-feira, o engenheiro químico, explicou a importância da água, os conceitos básicos e o sistema de gerenciamento de resíduos, as áreas de programas da Agenda 21, o manuseio, coleta seletiva, central de armazenamento temporário e doenças relacionadas ao lixo.

- O objetivo é uniformizar os procedimentos da fiscalização da prefeitura. Isso demonstra também nossa preocupação com a destinação final dos resíduos na nossa cidade, explicou o secretário de Meio Ambiente, Fernando Marcelo Tavares.

A prefeitura, através da Semma, está atualizando o cadastro de resíduos das empresas, realizado em 2000. Com esse cadastro, a prefeitura poderá monitorar quais são os resíduos produzidos, como é feito o armazenamento, o transporte e qual é a destinação final. O município também vai fazer um cadastro especial para a área saúde, contendo os mesmos dados no que tange aos resíduos hospitalares.

- A questão dos resíduos sólidos é, atualmente, um dos temas centrais para aqueles que se preocupam com o ambiente. O crescimento gera acúmulo de riqueza. O desenvolvimento gera riqueza sim, mas tem de se preocupar com a igualdade e justiça social, que leva à preservação ambiental, que faz parte do processo de desenvolvimento, explicou Carlos Pedro Ferreira Neto. O engenheiro da Semma acrescentou que no Brasil, 76% dos resíduos ainda são dispostos em lixões e 13% em aterros "controlados".

Para Carlos Pedro, a mudança de padrões de consumo e cultural depende de um trabalho de educação e conscientização. "Isso deve ser tarefa da atual geração e das próximas, na construção de um novo modelo de mundo", enfatizou o engenheiro químico da secretaria de Meio Ambiente.

- Foi citado na Agenda 21 Global, em junho de 1992, sediada no Rio de Janeiro, em documento assinado por 170 países, que não menos de 5,2 milhões de pessoas, entre elas 4 milhões de crianças menores de 5 anos, morrem a cada ano devido a enfermidades relacionadas com o lixo. Os resultados para a saúde são especialmente graves no caso da população mais pobre.

O curso interno para os fiscais, continua nesta terça-feira às 14h, no Paço Municipal da prefeitura. Os conceitos e projetos de estações de tratamento de esgoto serão os temas da aula.