O secretário municipal de Obras, Tadeu Campos e o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Renato Mariano, estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (10), com o representante da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), Alan Carlos Vieira Vargas, no Lagomar, verificando as condições das lagoas existentes na área do bairro, importantes para o ecossistema da região e que precisam ser preservadas.
As lagoas - o Baixio da Grande Rã (situada entre a Avenida Atlântica e W9), a Lagoa dos Patos (no final da reta da W18 com a Avenida Atlântica), além de um outro Baixio localizado entre a W26 e a Avenida Atlântica - se encontram bastante assoreadas, com áreas já ocupadas por construções irregulares ou aterradas.
Acompanhando o secretário Tadeu Campos, o subsecretário de Obras, Mário Bucker, informou que a Semob já efetuou o levantamento topográfico das áreas de lagoa do bairro, e que a prefeitura vai requerer à Serla a liberação para limpeza de todas essas áreas, visando a preservação das mesmas.
Tadeu Campos disse que as lagoas do Lagomar são os pulmões do bairro e que a preservação delas é importante para todo o município.
– O Lagomar é um bairro situado em área quase que totalmente plana e as lagoas aqui existentes são fundamentais para a drenagem das águas pluviais do bairro – disse o secretário.
O subsecretário de Meio Ambiente, engenheiro Carlos Renato Mariano, destacou que, além de preservar, é objetivo da prefeitura de Macaé transformar as áreas no entorno das lagoas em área de lazer para a população, com ciclovias e jardins. Carlos Renato apresentou o projeto da Lagoa dos Patos, já concluído pela prefeitura e por onde a administração municipal planeja, com a autorização da Serla, iniciar o projeto de preservação dos mananciais de água doce do Lagomar. “ A Lagoa dos Patos tem 14.749,73 metros quadrados. É um manancial que precisa ser preservado, assim como os demais mananciais deste bairro”, disse Carlos Renato.
O representante da Serla, Alan Carlos Vargas, disse que as áreas de lagoa têm o domínio do Estado e que as construções nestas áreas têm que sair. “A visão não é a de tirar ninguém, mas como são locais de preservação, ninguém pode ter escritura de uma área desta. A preservação das lagoas é importante até para a segurança dos cidadãos, já que são alagadiças e não edificantes. Preservar essas áreas é respeito à natureza”, afirmou.
Para Alan, a prefeitura deve enviar à Serla as propostas de intervenções que pretende realizar e iniciar o cadastramento de quem já está ocupando área de lagoa para evitar novas invasões. Ele esclareceu que, ao receber as propostas e após análise das mesmas, a Serla encaminha essas propostas ao Estado, que faz um decreto demarcando as áreas de lagoa do Lagomar.
– Na proposta, a prefeitura deve enviar planta geral do bairro, quantos e quais são os corpos hídricos e o que se pretende, visando a preservação dessas áreas que não podem ser ocupadas por nenhuma construção – disse Alan Carlos Vargas.