Foto: Ana Chaffin
Cerca de uma tonelada de resíduos foram retirado do fundo do mar
A partir de agora a orla do Arquipélago de Santana, uma Unidade de Conservação Nacional, composta pelas Ilhas de Santana, Francês e Ilhote Sul, está revitalizada ambientalmente. É que a Prefeitura de Macaé, através da ação denominada “Limpeza até debaixo d’água” fez a retirada de uma considerável quantidade de resíduos sólidos (lixo) das áreas emersa e submersa.
A ação que visou contribuir com o desenvolvimento sustentável daquela área costeira retirou cerca de uma tonelada de resíduos e foi executada pelas secretarias de Meio Ambiente e de Turismo, Esporte e Lazer e contou com o apoio das secretarias de Saúde (Semusa), de Desenvolvimento Econômico, Serviços Públicos (Semusp) e Ordem Pública (Departamento da Guarda Municipal Ambiental), Subsecretaria de Pesca, Coordenadoria Extraordinária de Defesa Civil e da parceria de empresas e Organizações Não Governamentais (Ongs).
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Maxwell Vaz, além da retirada dos resíduos do mar, a expedição promoveu uma verdadeira limpeza na orla.
- Através da parceria com as instituições promovemos a limpeza do mar, da praia e das pedras, que agora ficaram livres das pixações. Nossa meta é contribuir com o desenvolvimento mais sustentável para o ambiente marinho-costeiro e com a preservação ambiental, por isso, buscamos a formação de redes e atores capazes de formular e promover agendas coletivas voltadas para a melhoria da qualidade ambiental – assegurou, completando que “todos têm o dever de cuidar da nossa praia, pois os resíduos encravados em áreas de difícil acesso podem levar centenas a milhares de anos para que sua decomposição se complete em ambiente natural”.
Expedição – A expedição foi formada por mais de 50 pessoas, que rumaram em direção às Ilhas, em quatro grandes barcos e uma lancha de apoio. Entre os participantes estavam representantes dos órgãos públicos, equipe médica, jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, pessoal de limpeza da Semusp, instrutores de mergulho e os 15 mergulhadores que promoveram a retirada dos resíduos do fundo do mar.
Resíduos – Foi quase uma tonelada de resíduos sólidos retirada das áreas emersa e submersa. Limpesa subaquática Arquipélago de Santanna. Na opinião dos mergulhadores esses resíduos normalmente são levados pelas correntes marinhas para os locais de difícil acesso e depositados em locais rasos e profundos no entorno das ilhas.
Limpeza pioneira – A limpeza no fundo do mar é pioneira na região costeira de Macaé. Durante a operação, os mergulhadores amadores efetuaram a limpeza até 10 metros de profundidade e foram orientados pelo instrutor de mergulho profissional Carlos Menezes. Ele informou que os mergulhadores utilizaram equipamentos apropriados de mergulho livre e autônomo e não foram além de 10 metros para garantir uma margem de segurança aos mesmos.
Após a coleta no mar e na orla do arquipélago, os resíduos foram encaminhados para um destino final. “A coleta de resíduos sólidos já vem sendo feita pela Semma frequentemente. Quanto à limpeza pretendemos dar continuidade, pois esta é a primeira de muitas etapas que virão”, disse Vaz.
A expedição contou com o apoio da Capitânia dos Portos, Marinha do Brasil, Fugro Brasil – Serviços Submarinos e Levantamentos Ltda., Serviços Marítimos Continental S/A, Belov Engenharia Ltda., Sindicato Nacional Trabalhadores de Atividades Subaquáticas e Afins (Sintasa), RP Filho e J. Fragoso, entre outras. Os parceiros ofereceram a logística, com equipamentos de mergulho, lanchas de apoio para os profissionais da saúde e o gerenciamento dos resíduos, entre outros.