Foto: Ana Chaffin
Equipe distribuiu folhetos educativos e doses homeopáticas do complexo contra a dengue
Durante toda esta quarta-feira (28) esteve no bairro Malvinas, de casa em casa, mais de 20 agentes (de endemias e comunitários de saúde), em um trabalho conjunto entre o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e o Programa de Homeopatia Municipal, da Secretaria de Saúde, promovendo o mutirão contra a dengue.
O Programa de Homeopatia Municipal montou estande na praça principal do bairro e também está promovendo visitas domiciliares pelo menos a cada 30 dias. Já os agentes de endemias visitam todas as casas, pelo menos cinco vezes ao ano, isto se não ocorrer um número maior de casos notificados, o que faz com que o número de visitas aumente.
Além da palestra e das visitas domiciliares feitas pelos agentes, o grupo distribui folhetos aos moradores e a quem passa pelo local, informando sobre os cuidados contra a dengue e o tratamento da doença, para manter as residências livres dos criadouros do mosquito.
Os agentes promovem o tratamento de água, colocando larvicida nas caixas, tambores e cisternas. Já nos vasos de plantas, a orientação é para o morador colocar areia e também não esquecer de olhar as calhas e os muros com cacos de vidro.
A agente comunitária de saúde, Simone Ribeiro, diz que o maior problema encontrado tem sido as casas fechadas:
- Anotamos o número da residência e voltamos uma outra hora, às vezes no mesmo dia ainda. Outra questão importante é que as pessoas devem sempre receber os agentes. É fundamental. Já ouvi agente de endemia e também agentes comunitários falarem de moradores que afirmam não ter nenhum foco em casa, assim, não deixando o agente entrar. Isto é perigoso. Se houver um foco, ele pode se espalhar para outras casas.
O próximo mutirão será nesta quinta-feira (29), no Cajueiros, das 9h às 17h. Qualquer dúvida ou informação para eliminação dos focos, entre em contato com o CCZ pelos telefones: 2762.0175 e 2772.6461
Conheça mais sobre a doença
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente em mais de 100 países. Desses, 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.
Sintomas – Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A clássica apresenta-se geralmente com febre, dores de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois, além dos sintomas mencionados, é possível ocorrer sangramento e complicações que levam à morte.
Transmissão – A dengue não é contagiosa, transmitida de pessoa para pessoa. Seu vetor é o mosquito que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém que, contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida. A transmissão acontece da seguinte forma: a fêmea deposita seus ovos em recipientes com água e, quando as larvas saem dos ovos, vivem na água por cerca de uma semana. Após esse período, transformam-se em mosquitos adultos que procriam rapidamente e vivem em média 45 dias. A temperatura alta dos trópicos, que é o caso do Brasil, com clima predominante quente e úmido, favorece o desenvolvimento do mosquito que se reproduz com facilidade em qualquer recipiente que armazena água.
O vetor – O Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. No momento da picada, a pessoa não sente dor nem coceira e os sintomas se manifestam normalmente a partir do terceiro dia.
Como evitar – Além de não acumular água, nem lixo, as pessoas podem praticar outras medidas simples para evitar a picada do mosquito: colocar em casa e no trabalho espirais ou vaporizadores elétricos ao amanhecer e/ou no final da tarde, horários em que os mosquitos da dengue mais picam; mosquiteiros, repelentes e telas de proteção nas janelas e até nas portas.
Previna-se
- Mantenha a caixa d´água fechada
- Lave com bucha e sabão tonéis ou depósitos de água. Feche-os com tampa própria ou com tela
- Guarde garrafas e baldes de cabeça para baixo
- Não acumule pneus
- Lave bem o suporte de garrafão de água mineral na hora da troca
- Verifique se todos os ralos da casa estão desentupidos e, se não estiver usando-os, deixe-os fechados
- Feche bem sacos plásticos e mantenha a lixeira tampada
- Evite acumular lixo e entulho
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana
- Se você protege o muro com cacos de vidro, coloque areia naqueles que podem acumular água
- Coloque areia também nos pratinhos dos vasos de plantas ou xaxins
- Deixe a tampa de vasos sanitários sempre fechados
- Retire a água e lave com sabão a bandeja externa da geladeira
- Lave a vasilha de água de seus animais, pelo menos uma vez por semana, com bucha, sabão e água corrente
- Jogue no lixo todos os objetos que acumulam água.