Foto: Maurício Porão e João Barreto
Capitania dos Portos e Forte Marechal Hermes estão juntos na 'guerra' contra mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha
A prefeitura realizou nesta quinta-feira (14) palestras sobre o Aedes aegypti - mosquito responsável em transmitir o zika vírus, a febre chicungunha e a dengue - na sede da Capitania dos Portos e no Forte Marechal Hermes. Os encontros contaram com as presenças do prefeito Dr. Aluízio; da subsecretária de Saúde, Sônia Mussi; da coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin; do coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Flávio Paschoal; do capitão de fragata, comandante Fábio Riera e do major Daniel Tenenbaum da Silva.
O prefeito Dr. Aluízio agradeceu a oportunidade ao comando dos órgãos militares e destacou que a "guerra" contra o mosquito Aedes aegypti é de toda a sociedade.
- Estamos vivendo um dos piores momentos da saúde pública. O zika vírus causa microcefalia nas crianças e compromete o desenvolvimento normal do cérebro. O mosquito está em nossa casa, por isso devemos olhar todos os recipientes que possam acumular água, até as tampinhas de refrigerantes e as vasilhas dos animais. Noventa e cinco por centro dos focos são encontrados em nossas residências. Nós devemos ter essa percepção e fazer uma faxina semanalmente, para evitar a proliferação do Aedes -, destacou Dr. Aluízio.
O prefeito acrescentou que esta é uma ação de convencimento, pois apenas um vetor gera várias doenças. "Não deixar o mosquito nascer é tão importante quanto a descoberta de uma vacina. Uma criança, que ainda nem nasceu, não pode pagar por um descuido. Em 2014 foram registrados cerca de 400 casos de microcefalia no país; de novembro de 2015 até agora são aproximadamente 3.500 casos, que podem estar relacionados ao zika vírus, transmitido pelo Aedes. Como médico, tenho uma vivência com a doença. Ela interfere no desenvolvimento do cérebro e afeta a fala, a visão e a coordenação motora. Este é o momento de cada um fazer a sua parte", alertou.
A coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin, informou que em 2015 foram 900 casos confirmados de dengue no município e 21 gestantes realizaram exames de sangue e urina, por apresentarem exantemas - manchas vermelhas pelo corpo. Ela ressaltou que essas manchas também podem surgir em mulheres que abusam de álcool e drogas.
A subsecretária de Saúde, Sônia Mussi, disse que o momento precisa da colaboração de todos. "Marinha, Exército, as escolas, todos juntos com o objetivo de ajudar nessas ações. Os cuidados são simples e cada um deve fazer a sua parte", disse.
O comandante da Capitania dos Portos de Macaé, o capitão de fragata, Fábio Riera, disse que a Marinha está solidária com essas ações contra o Aedes aegypti. "Iniciamos uma parceria fundamental. Com a soma das forças é possível conter a epidemia da dengue. Um grupo de marinheiros será treinado e vai acompanhar o trabalho dos agentes do Centro de Controle de Zoonoses. Todo brasileiro deve estar nessa luta", afirmou.
Para o major do Exército, Daniel Tenenbaum da Silva, os 200 militares irão repassar as informações recebidas. "Contamos aqui com pessoas que moram em diversos bairros da cidade e irão levar o aprendizado para o seu dia a dia. Contamos com uma equipe interna que já faz vistoria no quartel, eliminando qualquer objeto que possa acumular água e se tornar um criadouro do mosquito", frisou.
Palestra
A palestra ministrada pelo biólogo do Centro de Controle de Zoonoses, Fernando Mancebo de Azevedo, mostrou quais são as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como o zika vírus, a febre chicungunha e a dengue e pontuou os seus sintomas.
- Mostrei quais são os cuidados que devemos tomar para evitar a proliferação do mosquito, como não deixar água acumulada em pneus, tampinhas de garrafas, vasilhas de água, tambores, entre outros. A melhor forma de prevenir essas doenças é cada um cuidar da limpeza do seu quintal - destacou o biólogo.