A prefeitura de Macaé continua com as obras de recapeamento em uma das pistas da Linha Verde, uma das principais vias da cidade, que faz parte do arco viário do município. O novo recapeamento, iniciado em junho de 2007, deve estar concluído dentro de, no máximo, seis meses. Os trabalhos são realizados pela secretaria executiva de Obras (Semob). Desde o início das obras, foi interditada uma das pistas entre os trevos da Cidade Universitária e da Aroeira e liberado o tráfego em mão dupla no outro lado da pista.
Segundo o secretário de Obras, Tadeu Campos, as intervenções na Linha Verde vêm sofrendo atraso devido ao período de chuvas no município, desde o final de 2007. As obras na Linha Verde fazem parte do pacote de revitalização dessa via que, juntamente com a Rodovia Lacerda Agostinho (Linha Azul), Linha Vermelha e outras, interliga várias áreas da cidade. O orçamento é de R$ 29 milhões, e no pacote estão incluídas a abertura da estrada do Tatu e a pavimentação da antiga Avenida Cancela Preta, além de outras ruas e vias localizadas nas proximidades dessa avenida.
Com base em análises e sondagens do solo, a prefeitura concluiu que a Linha Verde teria que ser refeita. A via foi construída há, aproximadamente, dez anos, pelo governo do Estado. As obras começaram na administração de Marcello Alencar e foram concluídas pelo ex-governador Anthony Garotinho. A via foi construída em área alagada e sem a devida preocupação com a drenagem. Além disso, explica Tadeu Campos, a via não foi preparada para a utilização que tem hoje. Por ela, segundo levantamento da Macaé Trânsito e Transportes (Mactran) passam cerca de sete mil veículos por dia, e grande parte é de carretas em direção às empresas situadas no Parque de Tubos, ou em direção à BR 101 ou municípios do Norte Fluminense, em sentido contrário.
Estudos efetuados na Linha Verde mostraram que não era aproveitável o material por baixo da pavimentação asfáltica, o que causava problemas na pista, como afundamento e alagamento em várias áreas.
O secretário acrescenta que foi feita uma drenagem superficial, que era a causa do alagamento da pista em vários locais. Ele explica ainda que o asfalto antigo tinha, no máximo, cinco centímetros de espessura, enquanto que o ideal para uma pista com tráfego intenso e por onde passam carretas pesadas é que o asfalto tenha pelo menos oito centímetros. “Se a base e a sub-base da via eram de má qualidade, decidimos retirar toda a pavimentação asfáltica antiga e reconstruir a Linha Verde”, diz o secretário.
Sobre o sistema de drenagem da via, Tadeu Campos explica que o sistema existente não era adequado para escoar as águas pluviais, e trazia o afundamento da pista, com o solo amolecendo e o asfalto cedendo, causando poças d’água em vários pontos. Constatando isso, restou à prefeitura refazer o trabalho, tratar o sub-leito, o leito, a sub-base e a base, colocar manilhas de 40 milímetros para escoar as águas pluviais em alguns trechos, compactar e colocar brita corrida antes do asfaltamento.
Quando foi realizado o Carnaval na Linha Verde foi preciso liberar as duas vias da linha. Na ocasião, a prefeitura colocou no leito em obras uma camada de asfalto de quatro centímetros, para agora concluir o asfaltamento com camada de oito centímetros. Já foi efetuada a colocação de meios-fios na pista em obras, já que os meios-fios é que delimitam a massa asfáltica. A via, que tem extensão de quatro quilômetros de cada lado, totalizando oito quilômetros, também contará com uma ciclovia no lado em obras, margeando o Canal do Capote.
Acompanhando a reconstrução da Linha Verde, o secretário especial de Infra-estrutura Urbana, Adrian Mussi, lembrou que “a prefeitura investe nesta importante via do arco viário, para que ela tenha condições de escoar o tráfego de várias partes do município em direção à Cidade Universitária e à região, onde estão muitas empresas offshore e cidades da Região dos Lagos”.