Com o investimento de R$ 400 mil, foi inaugurada nesta quinta-feira, 16, em Macaé, a primeira fábrica de tijolos solo-cimento do interior do estado, que recebe o nome de Unidade de Produção Habitar. O empreendido é o marco do município para a realização do sonho de milhares de famílias macaenses: a aquisição da casa própria. “Esse é o momento de tirar a mão da caneta e colocar a mão na pá”, disse o prefeito Riverton Mussi, afirmando que 2006 será o ano da virada, voltado para a execução dos projetos traçados em sua gestão.
Administrada pela Empresa Municipal de Habitação, Urbanização, Saneamento e Águas (Emhusa), a Unidade de Produção Habitar é fruto do 1º Seminário de Tecnologias Alternativas para Construção de Casas de Baixo Custo, realizado em março de 2005, no SESI. “Discutimos vários projetos neste seminário e optamos pelo projeto desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem o suporte técnico do professor Casanova”, lembrou o prefeito.
“Estamos aqui hoje fincando a primeira pedra, ou tijolo, melhor dizendo, que com certeza teremos aos milhares para acelerar o processo social e a geração de renda , visando atender ao programa de habitação de interesse social do governo municipal, disse o presidente da Emhusa, José Cabral da Silveira. Representando a presidência da Câmara Municipal, a vereadora Maria Helena de Siqueira Salles considerou a meta de construir casas populares sinal de uma mudança efetiva na política pública na área habitacional. “A maneira como atualmente os projetos estão sendo conduzidos, indica que as dívidas sociais vão ser isentadas neste governo”, acentuou.
A prefeitura tem planos para instalar ainda este ano uma unidade de produção de tijolos na localidade de Trapiche (Glicério), para atender a demanda da região serrana. Para 2007, está prevista a instalação de outra unidade na região do Imburo/Ajuda de Baixo, com aproveitamento de matéria-prima do próprio local. De acordo com o prefeito, a Unidade de Produção Habitar vai ajudar, inicialmente, àqueles que não têm condições de financiar a casa própria, mas é prioridade também facilitar a aquisição de moradias para famílias que ganham até cinco salários mínimos.
Na inauguração, o prefeito anunciou que o governo municipal, através da Emhusa, discute proposta com a Caixa Econômica Federal para a aplicação de R$ 88 milhões em projetos de habitação. Riverton mencionou também que R$ 4,5 milhões serão investidos neste primeiro semestre na recuperação de casas e na urbanização do bairro Fronteira. “Vamos dar um banho de revitalização em todas as moradias, e posteriormente faremos o mesmo no Morro São Jorge, estamos dependendo apenas que o Tribunal de Contas libere os editais de licitação”, frisou.
O bairro Novo Botafogo é outro que entra no planejamento de obras para este ano. “Não serão obras de maquiagem, nem de fachada, serão obras de infra-estrutura”, garantiu Riverton. Para o Lagomar, o futuro já está mais próximo. O bairro ganhará investimentos na ordem de R$ 9,5 milhões para uma completa urbanização, que inclui, entre outras, obras de saneamento, pavimentação de ruas e construção de praças. A liberação do edital de licitação para execução deste projeto é estimada para a semana que vem.