Em parceria com a Caixa Econômica Federal, a prefeitura de Macaé, através da Empresa Municipal de Habitação, Saneamento e Águas (Emhusa), vai construir 496 unidades habitacionais no bairro da Ajuda. O novo condomínio de apartamentos é mais uma etapa do programa habitacional do município, que só este ano já investiu R$ 16 milhões.
“São apartamentos de dois quartos, que têm um custo mais barato por receberem investimentos da prefeitura, como o terreno e a infra-estrutura”, explicou o presidente da Emhusa, José Cabral da Silveira. A Emhusa e a Caixa já estão cadastrando as famílias interessadas nos apartamentos, que poderão ser financiados em até 20 anos.
O novo empreendimento faz parte dos convênios que a prefeitura está firmando junto à Caixa e ao Ministério das Cidades, que destinam quase R$ 100 milhões para a construção de unidades habitacionais. “O município tem hoje um milhão de metros quadrados de área para investir em programas de habitação, destinados a famílias de baixa renda”, comentou Cabral.
De acordo com ele, outros projetos habitacionais já estão em andamento, como a construção de 568 apartamentos para as famílias que hoje ocupam a Ilha Leocádia e a construção de outros 112 apartamentos destinados aos servidores municipais. Todas as obras serão feitas com o material da Fábrica de Tijolos da Emhusa, o que vai baratear o custo da obra.
Condomínio Cidadão
Neste sábado, um grupo de 60 das 307 famílias que vão morar a partir do dia 22 no Condomínio Cidadão, no Bosque Azul, no bairro Ajuda, pela primeira vez foram ver de perto a obra. A visita, organizada pela Emhusa e pela Fundação de Ação Social, faz parte da inclusão social dos moradores, que até hoje viviam em áreas de risco e de invasões. Durante este fim de semana, eles participam de oficinas e palestras.
“Eles estão conhecendo as regras do condomínio, que será fechado, com guarita, e cujo síndico será a Emhusa. Está sendo também uma oportunidade das famílias já se conhecerem”, explicou Cabral. Os moradores vão se mudar aos poucos. Os primeiros a receber as chaves serão os que estão em situação de maior risco, e que por isso estão abrigados na Casa do Caminho e em uma pousada no Novo Cavaleiros.
As casas não estão sendo doadas pelo município: cada família vai pagar R$ 50 por mês pelo imóvel, durante seis anos. “Pagando mensalidades, eles vão se sentir ainda mais responsáveis pela casa nova”, explicou Cabral. As 307 casasestão instaladas nos dois primeiros blocos do Condomínio Cidadão. Cada bloco terá uma área de lazer com quadra poliesportiva e espaço para entretenimento, além de uma portaria. Quatro ruas principais e 35 vias transversais compõem o cenário das casas populares. São 200 residências de um quarto, cem de dois quartos e sete totalmente adaptadas para portadores de necessidades especiais, com portas especiais, barras de inox, banheiros e rampas.